publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 24 Abril , 2020, 20:36

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Era uma morte anunciada…

E aconteceu hoje.

Duas das velhas tílias, naquele frondoso recanto a que elas próprias deram nome, foram hoje trespassadas de morte.

Sucumbiram perante o racional imperativo da sua perigosidade pública.

A emoção, essa, foi alheia a quem lhes traçou o destino.

A emoção ficará nos olhos e no coração de quem as perdurará para sempre, apegadas que serão às recordações da bondade das suas sombras e dos enlevos musicais dos chilreios, que nos enchiam a sensibilidade naqueles finais de tarde estivais.

Outras virão, por certo ocupar-lhes o lugar.

Mas, dos viventes de hoje, poucos serão os que, de bem-aventurança, as contemplarão em fulgor.

Resta, aos outros, que durante imensos anos lhes gozaram a função, recordá-las com a saudade que os aconchega pelos momentos em que nelas se acoitaram, num emaranhado de histórias, sob a imensidade e o perfume das suas sedutoras folhagens.

 

Nuno Espinal   


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