Mais um campeonato da 1ª liga em início. E as velhas questões tornam às suas velhas abordagens. Os favoritos de sempre, que vão ser mais uma vez favorecidos pelo sistema.
Que não, diz-me um portista ferrenho, em conversa vivida em Vila Cova. Que nós, os dos clubes pequenos, (expressão com que eu embirro) é que criámos uma espécie de desculpa para iludirmos a nossa própria pequenez. Atribuímos a superioridade dos clubes grandes a benefícios produzidos pelo sistema. São as arbitragens, são os meios de comunicação social, dizemos nós. Mas, afinal, são tudo desculpas, argumentos utilizados para combater a real superioridade dos grandes. Porque os árbitros erram com todos e o Porto até é o mais prejudicado pelas arbitragens. E depois, continua ele, fala-se que a comunicação social só vê os grandes. Nem pensar! Com o Porto até é uma desgraça. É o mais atacado pelos média.
Perante tal verborreia remeti-me ao silêncio. Não me gasto a ripostar alarvices.
Mas sempre me dou a um exercício. Pego num livro de psicologia e reflicto sobre este excerto:
“As pessoas sentem tensão e desconforto quando são induzidas a dizer ou a tomar uma posição que é contrária às crenças e valores em que verdadeiramente acreditam. Festinger designou esta tensão ou desconforto psicológico por dissonância cognitiva. Esta tensão motiva a pessoa a reinterpretar a situação e a minimizar as inconsistências a fim de restaurar um estado de consistência cognitiva. Uma forma de o conseguir é a pessoa convencer-se de que acredita verdadeiramente na afirmação que fez ou no comportamento que realizou de forma a resolver a dissonância e a atingir um estado de consistência pessoal. “
Só pode…
Nuno Espinal