publicado por Miradouro de Vila Cova | Domingo, 14 Junho , 2020, 20:38

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Da minha janela, vejo o que vejo

E mais do que vejo.

 

O velho pôr do sol sempre novo,

A sagrar o horizonte,

Velho e a cada dia novo,

Em rubescente desmaio.

 

Corvachos, em bando,

A diluírem-se na noite nascente.

 

Eis-me em inflamados delírios:

Já noite, em recortes no horizonte,

Pedaços brancos, que são gente,

A despontarem na saudade.

 

Fecha-se a janela, cautelosa à friagem da noite.

 

No sítio do pôr do sol

O horizonte permanece

Onde estrelas tremelejam um passado longínquo.

 

E pedaços brancos que são gente

Voejam entre folhas negras

E tudo perpassam.

 

São gente!

Revejo-os, saudoso, nos meus inflamados delírios.

 

Os sentidos colhem fortalecidos alertas na intimidade da noite.

A lua ausenta a luminária e engrandece o silêncio.

E no imenso silêncio, a alma profunda da noite e há um cão que ladra.

 

E mais se adensam as emoções da saudade!

 

 

Nuno Espinal


Joaquim Espinal a 16 de Junho de 2020 às 15:15
" Ser Poeta ė ser mais alto...(Florbela Espanca)
Que outras palavras merece este poema?

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