Voltemos a Freitas do Amaral. No seu artigo publicado no último “Expresso, com o título “Cortar no mais fácil?”, mostra-se pouco entusiasta e até nada convencido com cortes na despesa pública referentes e diminuição do número de autarquias, ministérios e deputados. E questiona e responde:
"/.../Querem mesmo reduzir a despesa pública sem ameaçar o Estado Social?
Então não cortem no mais fácil; cortem no mais difícil; o segredo está no "job for the boys". Cortem nas despesas de funcionamento corrente; nos subsídios; nas empresas públicas municipais; nas centenas de fundações criadas à socapa e nas inúmeras sociedades anónimas de capitais públicos (de que não há registos globais e controláveis); etc., etc.
Já agora, verifiquem a legalidade dos 14.500 organismos públicos revelados pelo Tribunal de Contas: terão sido todos criados por lei?
Senhores ministros e senhores líderes da oposição: querem V. Exas. debater a sério problemas verdadeiros do país, ou preferem falar do fácil para não falar do difícil?"
Nuno Espinal