Foi hoje de manhã. Em pleno dia do centenário da República.
Falou, falou, falou e muito disse sobre a República. Das suas virtudes e qualidades. E foi ouvi-lo sobre a liberdade, a solidariedade, a democracia e ainda alguma história.
Manuel de Arriaga… Afonso Costa… a separação da Igreja e do Estado… a lei do divórcio… a até cidadania.
Falava com ênfase, emproado.
Depois saiu, ufano da sapiência e sabedoria demonstradas e dirigiu-se ao carro. Um topo de gama, a ocupar o passeio e a obrigar, quem a pé circulava, a circundar pela estrada. A uns cinquenta metros, lugares de estacionamento, por ocupar.
Entrou no carro, rasgou uns papéis, que atirou ao vento que os espalhou pelo asfalto.
Pois é! Viva a República! Mas, a dos que a praticam…
Nuno Espinal