O número das mais de cem pessoas vindas de Lavos contrastava com o de pessoas de Vila Cova que se associaram à homenagem ao Dr. Júlio Gouveia. De facto, tanto na Igreja como no piquenique os vilacovenses pouco mais seriam que meia dúzia. Qual o porquê de tão reduzida adesão?
Antes de mais há que considerar que o Dr. Júlio Gouveia, se hoje fosse vivo, teria cento e dois anos de idade e, tendo falecido há mais de vinte anos, não será uma pessoa conhecida da actual comunidade vilacovense.
Para além do mais, o Dr. Júlio Gouveia viveu grande parte da sua vida em Lavos, onde exerceu a sua profissão de médico, visitando Vila Cova, sua terra natal, pouco mais que duas semanas por ano, não se lhe conhecendo grandes ligações à terra natal em termos, por exemplo, de actividades associativas.
Acontece ainda que esta homenagem, da iniciativa do povo e da Junta de Freguesia de Lavos, foi pouco publicitada em Vila Cova, com uma total ausência da sensibilização que deveria ter sido feita junto dos vilacovenses.
Mesmo assim, tanto a Junta de Freguesia, como a Santa Casa de Misericórdia, como a Filarmónica Flor do Alva participaram nesta homenagem, que poderia ter constituído uma excelente propaganda à nossa região, não fora o mau tempo que fez no Sábado e que impediu os lavenses que nos visitaram de poderem apreciar as nossas belezas naturais e os nossos monumentos.
Nuno Espinal
Na foto: Romagem ao jazigo onde estão depositados os restos mortais do Dr. Júlio Gouveia