Tentei, fiz mesmo várias tentativas, mas não consegui melhor do que esta imagem. Tirada da estrada, na zona dos “loureiros”, eis o Bairro de S. Sebastião, numa noite de negridão, salpicado pelas já imprescindíveis luzinhas de Natal.
O que me importa, nesta foto, são mesmo as tais luzinhas. Não estão tão realçadas, longe disso até, quanto numa observação ao natural. Mas, espero dos leitores compreensão. Pelo fotógrafo e pela máquina, que sendo das baratinhas até vai fazendo o que pode.
Fixemo-nos, pois, nas luzinhas. Sublimemos então a imagem. Faço um apelo à imaginação dos leitores. As luzinhas piscam, tremelicam, intermitentes, em matizes variados. Estão ali porque foram postas por alguém. Eu olho-as, recebo-as, elas vêm até mim. E recebo-as como de alguém que me quis dizer: é Natal, eu entro neste jogo de Natal e partilho contigo este momento.
E eu não enjeito a mensagem. E tanto assim é que, nesta partilha, ainda esta noite, ao olhar estas luzinhas, me senti tão envolvido que me pus alegremente a trautear uma canção, dos tempos das saudosas missas do galo, em Vila Cova:
“Alegrem-se os céus e a terra,
Cantemos com alegria,
Já nasceu o Deus Menino,
Filho da Virgem Maria.”
Uma Feliz Noite de Natal!… Boas Festas!...
Nuno Espinal