Uma noite primaveril, com o sítio do chafariz de S. Sebastião por fundo e a lua na quase fase de cheia, permitiu que a rapaziada da Flor do Alva confraternizasse ao ar livre, a pretexto de umas castanhas assadas, regadas com as competentes, dada a época, água-pé e jeropiga.
Animação quanto baste, grupos dispersos em “conversetas” e as ténues brasas a crepitarem as muito fartas castanhas, que o ano, para esta variedade, até foi de “fartança”.
Todos os anos, por esta altura, é calendarizado este convívio, que é o culminar de toda uma época e em que está destinado a atribuição a cada músico da sua anual gratificação.
Agora vem o período de “defeso”, ainda que a actividade da Flor do Alva não cesse por completo. Por exemplo, no próximo dia oito, a Filarmónica, vai estar presente no Barril, por altura da “feira dos frutos secos” dos nossos vizinhos. Uma ou outra actuação poderão surgir, ainda que espaçadas no tempo e bem longe da delirante actividade de Verão. Fazem-se contas à vida e a Direcção vai programando, perante os convites recebidos, o calendário da época que desponta.
Ano a ano tudo igual mas também algo de diferente. Novos lugares a visitar e a esperança de uma ou outra viagem a sítios que espicacem a, sempre à tona, curiosidade. Por exemplo, os Açores, para quando?
“Está na calha…”, responde-nos com ar avisado o Presidente Raimundo, “está na calha…havemos de lá ir”.
Estamos certos que sim. A oportunidade há-de surgir.
Nuno Espinal