publicado por Miradouro de Vila Cova | Quarta-feira, 22 Abril , 2009, 23:57

A mãe, Lourdes Condinho Leitão (esposa do Sr. Artur Jorge Leitão) enviou-nos um texto escrito pela filha Carolina, antecedido do seguinte apontamento:

Após termos passado uns dias quer em Anceris, quer em Vila Cova, a Carolina escreveu um texto de tema livre para entregar à professora de Língua Portuguesa. Ao ler esse texto recordei os textos que o meu sogro, Benjamin Leitão escrevia e resolvi partilhá-lo.

Agradecemos à mãe Lourdes. Quanto à Carolina apenas lhe vamos antecipar o seguinte breve comentário: “Quem sai aos seus…”

Parabéns Carolina!

 

Um Sonho

 

Sentada no carro, sem coisa alguma para fazer, esperam-me três horas de viagem pela frente. Para trás ficaram duas semanas de férias, passadas alegremente, uma parte da vida de cada um, passada de várias maneiras, todas diferentes.

Foi numa aldeia, que vivi sonhos e alegrias, dancei e sorri, com amigos e conhecidos.

Todos os dias são únicos, podendo mesmo ser passados da mesma maneira, com as mesmas pessoas, com o mesmo objectivo, mas sempre diferentes.

Na primeira semana, foi tempo de pôr as ideias em dia, matar saudades de tudo e de todos, tirar as roupas das malas e pôr tudo ao nosso gosto.

Esperou-me na segunda semana o convívio, as caminhadas ao ar livre, os risos partilhados.

Todos os dias, uma caminhada nova se fazia, descobrindo novos caminhos, espaços e paisagens maravilhosas que pensávamos não existir. Paisagens que valiam o esforço e o cansaço.

Não nos podemos esquecer das tradições, que fazem parte da Quaresma. Das procissões às missas. Feitas com amor e humildade.

Mas não tirando a melhor parte, os bailes, a altura em que se esquece tudo e onde a única coisa que conta é dançar e conviver. Um sítio onde fazemos novos amigos e consolidamos amizades com outros.

Passando também pelos piqueniques e churrascadas à beira rio, como faziam os nossos antepassados, outras gerações. Fazendo com que os nossos avôs relembrem os tempos de crianças, as alturas em que se divertiam e que mais nada lhes importava, onde não havia responsabilidade, nem tanta idade.

As noites onde na cidade, são passadas a ver televisão, onde não há união, aqui são passadas com jogos e conversas, com filmes de antigamente, mas também com o telemóvel, fazendo telefonemas para os amigos que estão em Lisboa, em casa.

Sem dar por isso, já quase a Lisboa estou a chegar, no meio de tantas recordações boas, o tempo voou.

De repente, acordo, é tempo de voltar à realidade, olho à minha volta e vejo carros e prédios, estou de volta à minha vida, de volta à escola e à minha cidade.

 

 


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