Fontaínhas: local onde será construída a ETAR
À beira da estrada, no lugar das Fontaínhas, deparamos o pequeno vale que, no seu colo, acolhe subterraneamente a linha de água do velho ribeiro que se vai esguichando até ao rio. Ainda lá em baixo, nesse mesmo lugar das Fontainhas, está já demarcado o espaço onde a futura ETAR será construída. Garante quem sabe que as imundícies que desaguarão na ETAR em momento algum se misturarão com as águas do ribeiro. Obviamente! O contrário até seria de bradar aos céus. E garante ainda quem sabe que as obras de construção dessa mesma ETAR têm início já marcado para “muito em breve”. Ora, aqui, já nos assaltam fundadas dúvidas. É que o discurso do “muito em breve” é lengalenga de há já três anos, no mínimo.
No entanto, talvez agora, possa haver, na estafada arenga, uma pontinha de verdade. O espaço destinado à ETAR está de todo disponibilizado e, ao que parece, com as infalíveis burocracias já resolvidas, o que permitirá, às “Águas do Mondego” poderem, a todo o momento, avançar com a obra. Até ao Verão? Durante o Verão? Só depois? A ver vamos…
O que daquele local podemos mesmo ver é um extenso pincelado de verde e de outras tonalidades que se prolongam até à Mata. Ao fundo, a fachada da Igreja do Convento, como que a garantir que a tela que se configura tem em título um nome: “Paisagem de Vila Cova de Alva”.
Nuno Espinal