Oliveira do Hospital 9 Vilacovense 1
(Jogo disputado Sábado, às 19 horas)
Quando se realiza um jogo treino, (e amigável) qualquer que ele seja, fica quase sempre a ideia de que as equipas envolvidas se terão aplicado menos do que do que o fariam se de um jogo com outros contornos se tratasse. Não foi isto, no entanto, o que aconteceu no jogo que opôs Vilacovense e Oliveira do Hospital. De parte a parte houve entrega, total empenho dos jogadores, num jogo agradável de seguir, sendo patente, até pelo resultado, a diferença que separa as duas equipas, diferença que se explica, em especial, pela dimensão e estrutura em que cada uma se define.
Porque é na dimensão e estrutura de cada equipa que o desnivelamento do resultado se pode e deve justificar. O Futebol Clube de Oliveira do Hospital é uma equipa de cidade, com campo relvado e medidas de outras proporções, com jogadores que treinam quatro vezes por semana e recebem salários. O Vilacovense, ao contrário, é uma equipa de uma pequena aldeia, que milita em campeonatos do Inatel, jogadores totalmente amadores, e que nunca treinam, só se encontrando nos jogos que realizam.
Ainda assim, mau grado a diferença de condições e organização, o Vilacovense ripostou quanto pôde e não deixou de exibir, a espaços, bons apontamentos de jogo, com entrosamento entre os jogadores e preocupação de posicionamento táctico, o que é de apreciar em jogadores de nível meramente amador.
A grande pecha dos jogadores de Vila Cova emergiu da falta de “velocidade, pernas e pulmões”, facto explicável pela ausência de treino e trabalho ao nível de preparação física. Por outro lado, as diferentes dimensões do campo e alguma desadaptação ao relvado, terão pesado no rendimento dos jogadores de Vila Cova. E a ideia que do jogo fica é tão só esta. Não fossem estes senãos, frutos das tais desigualdades de dimensão e estrutura, é quase certo, avaliando as capacidades técnicas e compleição atlética de alguns jogadores do Vilacovense, que o resultado seria bem diferente.
Nuno Espinal