O Diário As Beiras ocupa uma das suas páginas, da edição de ontem, com uma extensa e esclarecedora peça sobre a deslocação da Flor do Alva à Camacha.
As fotos que publica são respigadas do Miradouro, o que para nós não deixa de ser motivo de orgulho e satisfação.
Porque se trata, em nosso entender, de um documento de muita importância para a Flor do Alva e para Vila Cova, deixamos aqui transcrita, integralmente, a peça publicada por este conhecido diário regionalista:.
“No ano passado a Banda Paroquial de S. Lourenço da Camacha veio a Vila Cova de Alva. Agora somos nós que vamos visitá-los”, contou José Raimundo, presidente da banda Filarmónica Flor do Alva. O passeio até ao arquipélago da Madeira, insere-se num intercâmbio entre as duas associações, desenvolvido por Rui Quaresma, antigo maestro da filarmónica.
“Concretamente, esta é a primeira vez, na história da filarmónica, que sai de Portugal Continental, embora já tivéssemos percorrido o país todo de norte a sul”, acrescentou o presidente.
Em declarações ao Diário As Beiras, José Raimundo explicou que “os músicos tiveram de pagar as passagens do bolso deles por causa da associação não dispor de apoios”. “ Os elementos abdicaram do dinheiro dos serviços para concretizar a viagem á Madeira”, adiantou indignado.
“Dá-me vontade de pensar duas vezes. Fazemos um sacrifício tão grande para não recebermos ajuda nenhuma do Ministério da Cultura”, desabafou, acrescentado que deveria ser da maior atenção e apoio financeiro às bandas filarmónicas. “Deviam ver isto que se passa connosco e não só … em vez de darem somente atenção aos grandes centros”, revela.
Contudo, José Raimundo, adianta que está muito grato à Câmara Municipal de Arganil. “O município disponibilizou-nos o transporte (ir e vir do aeroporto) bem como a parte dos seguros”, revelou.
Há três anos na presidência da banda filarmónica, José Raimundo de 37 anos acredita que a boa vontade dos amigos, da população de Vila Cova de Alva, da Junta de Freguesia e da Santa Casa da Misericórdia contribuem para que “a associação ainda esteja de pé”. Segundo o presidente da filarmónica, os músicos têm idades compreendidas entre os sete e os sessenta e cinco anos. A associação dispõe, ainda, de uma escola de música que, actualmente, já conta com 10 aprendizes, adiantou o presidente
Relativamente às expectativas para a viagem, o presidente foi peremptório: “são boas. Algo bem merecido pela juventude. Estamos a recompensá-los”.
À disposição da Banda Filarmónica Flor do Alva estarão seis dias recheados de diversas actividades, garantiu José Raimundo.