Novo número da revista Arganilia para breve
Encontra-se em fase final de produção o número 34 da revista cultural da Beira Serra Arganilia, correspondendo ao ano de 2021, projecto editorial iniciado já no longínquo ano de 1992 e que teve em João Alves das Neves o seu maior impulsionador e entusiasta, agora continuado por Nuno Mata que tem coordenado a edição desde 2011.
Este novo volume apresenta uma temática cara ao seu antigo director, ele próprio um emigrante: a mobilidade na Beira Serra e o contributo dos que partiram para a melhoria de vida dos que ficaram. Contudo, foi objetivo produzir uma revista em que a temática fosse tratada noutras perspectivas que não a de apenas relatar dados estatísticos, mas revelar de que forma a mobilidade desta parte das Beiras influenciou o torrão natal e, nesse sentido, os articulistas e colaboradores apresentam um conjunto de visões diferentes e enriquecedoras: Nuno Mata recordando alguns dos “feitos” dos que partindo do concelho de Arganil nunca se esqueceram da sua terra, Luís Maçarico (que escreve pela primeira vez na Arganilia) revelando mais um autor-poeta pampilhosense, Izidro Alves, cuja obra reflete a memória e os sentidos, Nuno Espinal confidenciando histórias dos que rumavam (e rumam) a Vila Cova de Alva para passar as suas férias de Verão, Maria Beatriz Rocha-Trindade apresentando um valioso estudo para que se compreendam os movimentos migratórios, António Amaro Rosa relatando em primeira pessoa recordações de migrantes pampilhosenses e Regina Anacleto evidenciando o papel fulcral dos emigrantes arganilenses para o desenvolvimento da sua terra.
Com mais este número e não obstante todas as dificuldades, a Arganilia soma mais uma centena de páginas à História da Beira Serra, através dos estudos, reflexões e contributos pro bono dos seus colaboradores.