Por iniciativa da Dr.ª Ilda Teresa de Castro, iniciativa que se tornou mais abrangente com um abaixo assinado que recolheu, as “Infraestruturas de Portugal” foram questionadas sobre situações que respeitam às obras concretizadas no troço de estrada entre o pavimento calcetado da Rua Sociedade Filarmónica Flor do Alva (que o vulgo continua a nomear como Rua Direita) e o Miradouro do Entroncamento.
Muito resumidamente, foram as seguintes as questões formuladas, referentes a situações que transcrevemos:
1-/Se providencie à colocação de “Lombas Redutoras de Velocidade” / na estrada entre a entrada da vila e o Miradouro do Entroncamento. /… / Pretendemos com esta medida, a promoção da segurança rodoviária com a redução da velocidade do tráfego, que, com a total ausência dessas medidas se verifica ser frequentemente de risco para os transeuntes e pessoas em circulação nesta via, em algumas zonas com pouca visibilidade, nomeadamente idosos e crianças/.
2- /Se providencie à demarcação da zona pedonal, passeio ou berma, ao longo do mesmo troço, já que, com a recente alteração do muro e alcatroamento da estrada, o anterior passeio em terra batida foi alcatroado, desaparecendo os limites da zona pedonal/zona de trânsito, que existia em terra batida desde há séculos e a que o agora aumento da largura do muro, veio retirar cerca de 15 centímetros. Assim, solicita-se a demarcação do passeio/berma com as guias brancas previstas na Lei, pintadas sobre o alcatrão, salvaguardando a largura mínima recomendada oficialmente de 1 metro, ou a largura mínima aceitável prevista na Lei Nacional, de 80 centímetros para passeios sem obstrução, como é o caso./
3-/ Ainda reportando o mesmo troço de estrada, tendo a Junta Autónoma de Estradas destruído o muro e revestimento em granito, tal como existia desde há muitos anos e muitas gerações de vilacovenses, e tendo este sido substituído por um muro de betão totalmente descaracterizado e em conflito com a traça arquitetural da vila, solicitamos se proceda ao revestimento desse muro betão, usando para tal pedra e material da região, em xisto, granito, ou outra de providencia similar. /
As Infraestruturas de Portugal responderam ao ofício emanado por vilacovenses, com justificações que não nos parecem colher qualquer fundamento, no âmbito, ou não, do foro jurídico.
Este mesmo assunto foi apresentado na reunião da Assembleia Geral de 25 de abril, pela deputada Dra. Margarida Figueiredo.
O Presidente do Município, Dr. Luís Paulo, mostrou-se confiante de que a petição dos vilacovenses acabe por ser contemplada.
Entretanto, as Infraestruturas de Portugal, resolveram mudar a placa que se encontrava na zona do Entroncamento, com os dizeres “Vila Cova de Alva” para a entrada da Vila, sem que qualquer pretexto que justifique este ato. Esta situação mereceu uma generalizada revolta dos vilacovenses que veem nesta mudança uma usurpação do território urbano da aldeia.
Nuno Espinal