publicado por Miradouro de Vila Cova | Quarta-feira, 24 Junho , 2020, 23:07

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Imagens de Bruno Santos


publicado por Miradouro de Vila Cova | Terça-feira, 23 Junho , 2020, 06:45

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publicado por Miradouro de Vila Cova | Domingo, 21 Junho , 2020, 08:55

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Os trabalhos, que a foto sugere, indiciam que a praia fluvial de Vila Cova estará, muito brevemente, em condições de ser utilizada pelos muitos veraneantes que este ano são esperados em Vila Cova.

A União de Freguesias não se furta às devidas diligências para que tudo esteja devidamente tratado: areal, bar, sanitários e outros integrantes que fazem parte do compósito que é a praia fluvial de Vila Cova.

Venham, pois, a Vila Cova e fruam o que de bom a aldeia vos oferece: entre outros atrativos, uma paisagem ímpar, a tranquilidade, o Alva e a fresquidão e beleza natural da praia fluvial.

 

Nuno Espinal


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 20 Junho , 2020, 08:12

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I

 

Hoje faço anos!

Sou Rei!

 

Sento-me em cadeirão real

Envolto em tochas flamejantes.

 

Sem coroa

Mas sou Rei!

 

Lembranças, mimos, saudações, felicitações,

E oiço: que venham muitos, muitos anos!

 

Ah, sim, gosto!

Ainda que um efémero Rei,

Um falso reizinho,

Mas, gosto.

 

Hoje sou Rei!...

 

II

 

Faço anos!

Sou Rei!

 

E há um cão.

Um cão vadio,

 

Que ternura no olhar!

 

Não resisto,

Chamo-o, agacho-me, carícias,

Afagos, mimos,

Encosta-se-me ao peito,

Uma pata no meu ombro,

Duas patas,

O abraço.

 

Foi um momento!

O cão, solitário, logo se foi,

por caminho que lhe é de sempre.

Caminho de incertezas.

 

Rei, eu?

Altero o conceito:

Rei é quem, do pouco que tem,

Dá tudo o que tem.

Amor, carinho,

Sem condição.

 

O meu Rei-Cão!

O meu Cão-Rei!

 

 

 

Nuno Espinal, 20/6/20

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 19 Junho , 2020, 09:59

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publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 19 Junho , 2020, 09:26

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publicado por Miradouro de Vila Cova | Domingo, 14 Junho , 2020, 20:38

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Da minha janela, vejo o que vejo

E mais do que vejo.

 

O velho pôr do sol sempre novo,

A sagrar o horizonte,

Velho e a cada dia novo,

Em rubescente desmaio.

 

Corvachos, em bando,

A diluírem-se na noite nascente.

 

Eis-me em inflamados delírios:

Já noite, em recortes no horizonte,

Pedaços brancos, que são gente,

A despontarem na saudade.

 

Fecha-se a janela, cautelosa à friagem da noite.

 

No sítio do pôr do sol

O horizonte permanece

Onde estrelas tremelejam um passado longínquo.

 

E pedaços brancos que são gente

Voejam entre folhas negras

E tudo perpassam.

 

São gente!

Revejo-os, saudoso, nos meus inflamados delírios.

 

Os sentidos colhem fortalecidos alertas na intimidade da noite.

A lua ausenta a luminária e engrandece o silêncio.

E no imenso silêncio, a alma profunda da noite e há um cão que ladra.

 

E mais se adensam as emoções da saudade!

 

 

Nuno Espinal


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quinta-feira, 11 Junho , 2020, 13:07

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A notícia era esperada, mas doi sempre quando é recebida. Parte para sempre um grande amigo, um amigo da “Malta”.

Faleceu hoje em Braga, cidade onde residia, com 72 anos de idade, o nosso amigo Abílio Pinto, vítima de um aneurisma cerebral, contra o qual lutou, já lá vão uns meses.

À família, em especial à esposa, a nossa amiga Ana Maria Pinto, um abraço muito sentido de tristeza e grande dor.


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 06 Junho , 2020, 09:01

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Um nosso leitor, que me pediu anonimato, questiona-me sobre um trecho de uma peça publicada no Miradouro, em 28 de maio, com o título “Flor do Alva: Vamos Vencer!”.

O trecho é o seguinte: “(do Povo) há um sentir a sua Vila Cova que, sem chauvinismos, é demonstrativo de uma identidade, de um apego à tradição, que muito se manifesta em atos religiosos.”

Diz o leitor que “os atos e práticas religiosos são, maioritariamente, de uma tradição criada pela Igreja, que o povo segue por fé e devoção. Não são atos emergentes da vontade ou da iniciativa populares”.

Tem razão o leitor. E tem razão quando e porque diz que “os atos e práticas religiosos são”, e sublinho, “maioritariamente, de uma tradição criada pela Igreja”.

O leitor pensa o que eu penso. De facto, estes atos e práticas, no domínio da religião católica, (ou de outra que fosse), são ações orientadas para um valor absoluto, resultantes puramente de convicções religiosas.

São intrínsecas à própria estrutura da Igreja e perduram “in saecula saeculorum”, com uma ou outra alteração no percurso dos tempos, determinadas sempre pela superestrutura da Igreja.

Ora, não é destas tradições, que pertencem à liturgia, aos ritos, às preces, aos gestos, às convicções da Igreja Católica, que são intrinsecamente da sua estrutura e da sua própria ética, que refiro quando digo que o apego à tradição dos vilacovenses muito se manifesta em atos religiosos.

Falo sim de manifestações que têm um cunho fortemente popular, ações que, também associadas a manifestações religiosas e orientadas pela tradição, que advém de uma prática continuada definidora de certos comportamentos.   

Vamos a exemplos:

Na Festa de Santa Cruz realiza-se sempre uma Missa que tem sido celebrada na Igreja do Convento. Um ano houve em que, no fim da Missa, por uma questão de tempo, já que o Padre Rodolfo Leite tinha uma sequência de compromissos marcados, não foi cantado, fugindo à tradição, o cântico das “Três Marias”. Houve logo um chorrilho de lamentações por parte de muitos fiéis, censurando o não cumprimento de um tal ritual, que arreigam a uma tradição que tomam como sua. Repare-se que o cerimonial litúrgico foi cumprido na íntegra, naquilo que é a sua essência, ou seja, numa celebração pré-definida pela estrutura da Igreja Católica. Mas, a capacidade racional de entender a essência do ritual colapsa perante aquilo que é a tradição e a forma como é percecionada pela comunidade de fiéis.

Um outro exemplo:

As Procissões do S. João e de Nossa Senhora da Natividade realizam-se num percurso extenso, que se inicia na Matriz, segue pela Rua Direita até à estrada, e continua até à última casa da povoação, tomada que seja a direção de Avô. Perante a dimensão excessiva do percurso, cansativo de cumprir em dias de sol abrasador e impeditivo da presença de pessoas mais idosas, o Padre Daniel Rodrigues sugeriu o seu encurtamento, alvitrando a possibilidade de a Procissão virar à Praça, aquando do encontro da estrada com a Rua Padre Januário. A população reagiu contra esta proposta, sem ponderar a racionalidade ou não da sugestão. A tradição foi o argumento utilizado, como se a palavra só por si contivesse toda a argumentaria contrariadora de qualquer ideia opositora.  

Um último exemplo, de entre outros mais que poderiam ser apresentados:  

A bênção de ramos de loureiro, oliveira e alecrim, que antecede a procissão que evoca simbolicamente a entrada triunfante de Cristo em Jerusalém, é celebrada, no Domingo de Ramos, no átrio cimeiro da Igreja do Convento. Atendendo à escadaria da Igreja, com bastantes degraus, alguém sugeriu, em defesa dos mais idosos e dos que têm menor autonomia locomotiva, que a bênção dos ramos fosse celebrada num local com melhor acessibilidade. Foi, à partida, logo silenciado na sua proposta, com a eterno alegação da tradição.

E pronto. Espero que o leitor que se contrapôs com toda a correção ao meu comentário, tenha apreendido a fundamentação que expus. Fica vincada a força da tradição popular, no seu melhor ou pior, quando associada a manifestações religiosas.

Ao leitor o meu muito obrigado pela colaboração. Um obrigado que também quero estender a todos os cerca de 500 leitores que diariamente nos visitam.

Muito obrigado a todos.

 

Nuno Espinal


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