Alinhemos na corrente que faz hábito, em final de década, de relevar os principais acontecimentos do decénio. Trata-se, como é óbvio, de uma apuração com ajuizamento subjetivo, ainda que os casos que se referem, pela sua dimensão, mereçam concordância, ao que julgamos, generalizada.
Pela nossa parte vamos fixar-nos, e a condição do “Miradouro” assim o impõe, ainda que sucintamente, em acontecimentos ligados à nossa Vila Cova.
A inauguração das novas instalações do Centro de Dia permanecerá como uma data marcante na História de Vila Cova, pelo seu significado, como uma mais valia no apoio social que é devido por todos aos que dos serviços da Santa Casa precisam.
Outro caso que merece destaque, por todas as razões que a salubridade requer, respeita à inauguração da ETAR, que suprimiu de vez os inconvenientes dos despojos que conspurcavam os ares de Vila Cova, em especial na zona de S. Sebastião.
Outro acontecimento de destaque: a criação da União de Freguesias de Vila Cova e de Anceriz, inserida na Reorganização do Território, marco importante na aproximação e progresso de localidades e da sua gestão administrativa.
Por fim uma tragédia de muito triste memória e que perdurará para sempre: o incêndio de outubro de 2017. Dele já muito se disse. Mas parece que são mais as palavras do que os atos. E a forma como a floresta está a ser tratada (ou não tratada) não augura nada de bom a um prazo que, não sendo longo, nos vai alimentando perspetivas de nova calamidade.
As alterações climáticas são uma evidência que a ciência alerta em constantes avisos. E as consequências vão sendo visivelmente catastróficas, com o desígnio, se nada de substancial for feito, de conduzirem ao fim das civilizações e ao extermínio da natureza.
Nuno Espinal