É verdade que cada idade tem os seus humores, modos de estar na vida, gostos, o seu espírito próprio, os seus prazeres.
Tudo, com o avançar da idade, vai-se moldando a uma arquitetura temperamental, um modo de ser que se auto constrói naturalmente.
Uma velha frase diz que quem não tem o espírito da sua idade tem todo o infortúnio. Releve-se o essencial da frase, sem deixar de lhe considerar, em meu entender, algum exagero e até reducionismo.
Mas, há, na caracterização das várias etapas da idade ingredientes que se devem perpetuar. Destaco intencionalmente dois: a alegria e o culto da amizade.
Esta premissa foca-se, propositadamente, no grupo da “Malta”, com uma variação de idades enquadradas entre os 55 e os 75 anos de idade e que, neste mês de agosto, evidenciou a sua presença nos espaços urbanos de Vila Cova.
Alegria e amizade sempre presentes nas deambulações e convívios pela estrada fora até ao “escuro”, nos festejos de um aniversário, concretamente o da Nucha Madeira, no passeio à Bobadela, com visita a Museus e um excelente almoço e em outros vários momentos.
-Que bons foram estes dias, dizia uma das nossas amigas da “Malta”.
Pois foram, diremos todos nós. E diremos mais: que se repitam por muitos e muitos anos.
Nuno Espinal