Na marcha do tempo, há cambiantes inevitáveis e que surgem com a maior das naturalidades. O instrumento musical, composto de caixa, timbalão, bombo e pratos, chamado “bateria”, ainda de existência não muito longa na Flor do Alva, marca uma diferença, inscrita em novas sonoridades que foram acolhidas pelas filarmónicas.
Mas, como tudo, a atual “bateria” da Flor do Alva, já bem batida pelo uso das baquetas, requer substituição, ainda que, nas atuais exiguidades financeiras da Banda Filarmónica, houvesse que ponderar uma melhor oportunidade para a data da sua aquisição.
Mas, a generosidade de um benemérito e amante da Flor do Alva, que impõe anonimato, resolveram a situação, sem que se force o dispêndio de um único Euro por parte da Filarmónica.
Em tempos de tanto egoísmo, há ainda quem, desprendido de ganâncias por posses obsessivas, tem estes gestos que, no mínimo, merecem a nossa reflexão e admiração.
Nuno Espinal