O passeio “Idosos em Movimento” realizado este ano, apresentou um registo um pouco diferente do que é habitual, não se confinando apenas a um espaço de arraial, mas a uma visita mais abrangente com diferentes pontos de interesse: religiosos, culturais e de lazer, que se concretizaram com a visita à Nossa Senhora do Desterro, ao Museu da Eletricidade e à Quinta de Eventos “O Albertino”, em Folgosinho.
Desde logo, o Grupo de participantes de Vila Cova foi forçosamente dividido durante a viagem, devido a constrangimentos que surgiram relativos à distribuição de autocarros. Foram assim, num autocarro repartido com Anceriz, os utentes e elementos da direção e, noutro autocarro partilhado com Barril de Alva, a comunidade.
Perante esta situação, e apesar dos participantes da comunidade serem idosos autónomos, haveria sempre a necessidade de organizar os participantes nas paragens, salvaguardando a necessidade de qualquer assistência, pelo que, considerou a Santa Casa adequado conceder uma das suas funcionárias ao autocarro destinado à comunidade de Vila Cova.
Por sua vez, no que aos utentes diz respeito, considerando que as limitações físicas não devem ser um entrave à participação nas atividades realizadas, mesmo que isso implique que em deslocações ao exterior o número de profissionais tenha de ser mais elevado, a Santa Casa disponibilizou, mais duas funcionárias para apoio na deslocação dos idosos.
Na visita às capelas na Nossa Senhora do Desterro, espaço do agrado dos idosos, verificámos que a principal dificuldade foi assegurar a deslocação, a pé, de todos os participantes.
A visita guiada, organizada em vários grupos dos diferentes autocarros, deu início tendo o grupo de Vila Cova sido acompanhado por duas funcionárias.
Para alguns dos utentes a visita a pé não era possível devido às limitações físicas, tendo sido necessário ficar uma funcionária junto desses, que foi também assegurando as deslocações ao WC.
Já no grupo que seguia o roteiro, verificou-se que a subida um pouco ingreme, dificultou a resistência de alguns utentes chegarem às capelinhas, optando-se por esses regressarem, com auxílio de uma funcionária, para junto dos primeiros. Os restantes participantes seguiram até ao final do percurso acompanhados pela terceira funcionária.
Também no Museu da Eletricidade nem todos os participantes realizaram a visita, quer por não demonstrarem interesse, quer por limitações físicas, sendo necessário novamente uma funcionária ficar junto dos elementos que não visitaram e as outras assegurarem a visita dentro do museu.
Por fim, a refeição e tarde passada em Folgosinho foi possível de ser apreciada por todos, com enorme agrado quer pela ementa, quer pela animação proporcionada. Pelos participantes foi demonstrado o agradecimento ao Município de Arganil, almejando a continuidade desta atividade.
A procura da resposta de Centro de Dia faz-se cada vez mais tarde, trazendo associada uma maior debilidade de quem a procura. As fragilidades quer físicas quer cognitivas implicam uma maior capacidade de resposta por parte das Instituições, que mesmo com os constrangimentos que lhe são colocados, procuram dar uma resposta o mais eficiente possível. Nesse sentido, cumpre a esta Santa Casa continuar a apoiar neste e noutros eventos futuros com o número de profissionais disponíveis e considerados necessários para a sua atividade.
Mónica Ferreira