Do velho “Solar dos Mesquitas” já quase nada resta. No chão, bem perto das escadas da Igreja, uma placa que, por mais de um século, se tornou um verdadeiro ícone da fachada do solar, com uma inscrição que se nos fixou à memória: “JAM 1898” (JAM: José de Abreu Mesquita).
As velhas paredes deste casarão, que iam teimando a sua resistência, sujeitas que foram às labaredas de Outubro e às intempéries deste tão prolongado inverno, cederam as forças finais à máquina demolidora que as fez tombar para sempre.
Claro, tinha de ser. Mas dói, dói até muito, principalmente aos mais velhos, tão habituados a encherem a vista do parceiro de há anos da Matriz.
Agora, daquele espaço, nasce um vazio, um buraco. Mas, há que sublimar! E não tarda que digamos: No Adro, onde antes era o “Solar”, desfrutamos agora de uma vista de encher o olho!
Que assim seja, porque daquele futuro nada se sabe. Do que vai ali ser feito há um silêncio e um mistério. E nem os da nossa autarquia local têm um pingo sequer de informação.
Aguardemos…
Nuno Espinal