“A Flor de Alva de hoje é um continuum de sucessivos tempos do passado, cada um deles, enriquecido pelos contributos e heranças recebidos”.
Esta frase, proferida por Nuno Espinal, projeta a ideia essencial que esteve sempre presente na comemoração do Centenário da Sociedade Filarmónica Flor do Alva, preenchida por vários atos, um dos quais, de grande carga simbólica, a visita ao cemitério, onde foi depositado um ramo de flores, em memória aos Dirigentes, Músicos e Maestros já falecidos que integraram a Flor do Alva.
José Raimundo, Presidente da Direção da, agora centenária, Sociedade Filarmónica Flor do Alva, coordenou todas as atividades desta comemoração, que abriu com o içar da bandeira da Instituição com a presença, no varandim da Sede da Instituição, de um antigo músico, Alfredo Antunes.
Ceca das onze e meia, a Direção da Flor do Alva foi receber, junto à zona das Fontainhas, a Banda Filarmónica de Torroselo, localidade do concelho de Seia. Apresentados os cumprimentos de receção, esta Banda Filarmónica dirigiu-se em formação e em toque à Sede da nossa Filarmónica, onde era aguardada pela nossa Banda e por muito Povo, tendo recebido muitos aplausos.
Ás 12 horas, os Presidentes da Câmara e da Mesa da Assembleia Geral, do Município de Arganil, respetivamente Luís Paulo Costa e Ricardo Pereira Alves, descerraram uma placa, na parede frontal da Sede da Flor do Alva, que continha a seguinte mensagem: “honrar o passado e incentivar o presente, para construir o futuro”.
Após este ato, as duas Bandas Filarmónicas, irmanadas numa só, dirigiram-se, estrada fora, até às Tílias, onde as esperava muito Povo, que não lhes regateou uma enorme salva de palmas.
Cerca das treze horas, o Salão da Casa do Povo abarrotava de gente para um convívio que, para além do almoço, foi pretexto para os discursos proferidos por, para além de Nuno Espinal, a quem foi atribuído uma explanação do historial de Flor do Alva, José Raimundo que se encarregou dos agradecimentos a todos os que têm colaborado com a Flor do Alva, Paulo Amaral, Presidente da União de Freguesias, que salientou a importância da Flor do Alva no contexto cultural das localidades que serve e Luís Paulo Costa, Presidente da edilidade, que enalteceu quanto a cultura é importante na coesão e identidade do concelho.
Foram ainda homenageados antigos filarmónicos da Flor do Alva e alguns dos atuais foram distinguidos com mais uma estrela nas suas divisas da farda, sinal indicativo das suas antiguidades na banda.
Cerca das 18 horas deu-se início a um concerto, interpretado por cada uma das duas filarmónicas, que mereceram muitos aplausos da farta assistência presente no Salão da Casa do Povo.
Finalmente, já passava das 19 horas, foi partido o bolo de aniversário, num ambiente de grande confraternização.
Manuel Fernandes