Cheguei a Coimbra vindo de Vila Cova, há pouco mais de 1 hora, depois de todo o drama vivido na noite de domingo passado e sequente madrugada, drama que ficará para sempre registado na memória coletiva dos vilacovenses.
Tomei conhecimento de que houve muita informação e relatos, através das redes sociais, dos muitos acontecimentos ali vividos, que envolveram todo um povo, o povo de Vila Cova, que desamparadamente, porque sem meios, sem quaisquer ajudas de entidades operacionais, com abastecimento de água a zero, sofreu, receou, passou por momentos de angústia, de grande temor, ameaçado por todos os lados de labaredas que consumiram espaços envolventes e dez casas da vila.
Só agora, em Coimbra, posso dispor da Internet e após alguns dias de silêncio, tornar de novo às publicações do Miradouro.
Não vou insistir muito nas teclas do horror que a todos, os que na noite fatídica de domingo se encontravam em Vila Cova, vai deixar pesadas recordações.
Há que arribar e rejuvenescer esta nossa Vila Cova agora transfigurada.
Deixo-vos ficar algumas fotos, que aditadas a outras já publicadas em outras páginas, serão parte significativa da nossa memória futura.
Emocionalmente ainda estou muito afetado por tudo o que vivi nestas horas de grande terror.
Mas, repito: há que arribar, há que dar alento a que Vila Cova retorne à sua beleza impar, à majestade que sempre a distinguiu.
Viva a nossa Vila Cova!
Nuno Espinal