A tarde de sábado, já sem os calores que abrasaram grande parte deste agosto, reuniu bastante público, acrescido pela presença do Presidente da Câmara, público que, na aprazibilidade das tílias, confraternizou quanto baste, ao som das vozes da Tuna Cantares de Coja e dos instrumentais executados pela nossa Flor do Alva.
Depois, já o escuro denso da noite destacava as lâmpadas das gambiarras que atravessavam o espaço fronteiro da Casa do Povo, as sardinhas e as febras, que iam surgindo em mesas de repasto, desapareceram num ápice, deixando alguns à mercê de um mero caldo verde e de um arroz doce. Consequentes agastes, compreensíveis em quem trocou a garantia de uma normal refeição em casa pela sardinhada anunciada “para todos”.
Mas, passe esta observação, resta tudo o mais ao que à festa respeita. E aí há que dar os parabéns à nossa “Flor do Alva" e à sua Direção, pelo bom momento proporcionado a todos os que dele quiseram usufruir.
Uma palavra especial para os músicos e maestro da Flor do Alva (Ricardo Calado), que fizeram ouvir peças muito aplaudidas pelos muitos assistentes presentes.
Também a Tuna Cantares de Coja esteve ao nível exibicional a que já nos habituou, interpretando melodias populares e muito do agrado de quem as ouve.
Ah, um último reparo e que foi comentado por muitos. Cuidado com os dizeres do cartaz. “Serão da Noite”? Trata-se de um pleonasmo que, no imediato, provocou reações corretivas. Para além do mais, o período em que a festa decorreu não foi assim tanto de “serão” mas muito mais de “vespertino”.
Mas, aparte este comentário de índole corretiva e principalmente, pela intenção, construtiva, releve-se, o que, pelo bom espírito que ocasionou em cada um, na sua essência, a festa foi. E aqui, utilizando um dito corrente e de muito uso popular, eis o que proclamo aos quatro ventos: uma festa “cinco estrelas”.
Nuno Espinal