Conforme anunciava o cartaz promocional, o objetivo de topo era a confraternização, a pretexto de ingredientes chamativos, tais como o “Grupo Etnográfico”, à cabeça, e ainda um Grupo de Fados e a sardinhada.
Tudo junto proporcionou uma adesão de público considerável, com as cerca de cem cadeiras disponíveis, para os convivas comensais, a serem ocupadas na totalidade, para além de um grupo de muitos espectadores, sentados nas tílias ou mesmo em pé no terreiro fronteiro à Casa do Povo.
Realce-se o convívio e a animação. Em cheio, com os da “Malta”, como lhes é apanágio, em grande estilo, a contagiarem os demais com a sua alegria e refinado humor.
Cantaram os “artistas” e cantou o público presente, em muitos dos fados e com um coro monumental na nossa “Ó Vila Cova Adorada”.
E ouviu-se de um dos fados: “Cheira bem, cheira a Lisboa”. Ora, se o verso reclama para Lisboa bons odores (o que nem sempre acontece), os bons odores da confraternização de sábado vão inteirinhos par os habituais ares lavados da nossa Vila Cova e, na circunstância, para os que se soltavam das sardinhas assadas, bem rechonchudas e saborosas.
Sardinhas que foram assadas, impecavelmente, pelo amigo Sr. Silvestre e pelo impagável Sr. Fernando (vulgo Chalana).
Gastronomicamente falando, tudo funcionou em pleno, o que nem é causa de espanto, já que os serviços associados tiveram a conduta e a operacionalização de competentes senhoras, como são as componentes do Grupo Etnográfico. Uma palavra justa e de reconhecimento para a funcionária da Santa Casa Isabel Lourenço que, com o seu saber e experiência, foi fundamental na organização dos serviços da cozinha.
Uma outra palavra no rol das apreciações de reconhecimento, direcionada para os dois competentes técnicos de “sonoplastia” que, sem máculas, conduziram na perfeição os adequados “decibéis” da nova aparelhagem sonora, nomeadamente, Rui Lourenço e José Santos.
Por fim, o registo da presença da Dr.ª Paula Dinis, vereadora da Cultura no nosso Município. Resistiu, até ao fim, afrontando o frio que se fez sentir a partir das onze horas e deixou-me um comentário que transmito a todos os Vilacovenses, especialmente aos componentes do Grupo Etnográfico:
“Gostei muito do vosso Grupo de Danças e Cantares de Roda. Muito interessente. Sem dúvida que serão importantes para a afirmação da Tradição e Cultura da região. “
Texto: Nuno Espinal
Fotos: José Artur Leitão e Fernanda Caetano