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Choveu a espaços, mas, quando choveu, malhou forte. De tal sorte (ou azar) que tudo parecia descambar numa noite deserta de gente. Mas, qual quê? A “Flor do Alva” é e será sempre um chamariz. Só que, desta feita, mais do que a “Flor do Alva” e muito por curiosidade, o novo grupo era o centro das atenções. E a Praça manifestou-se de entusiasmo quando os protagonistas do Grupo Etnográfico entraram no palco a cantar “Ó Vila Cova adorada”. Palmas e mais palmas e pronto! O ambiente estava feito. A partir daí tudo em crescendo. Crescendo que teve um ponto alto no “Crescente”:
“Ó crescente, crescente, crescente
Agora é que eu vou ao meio
Agora é que eu vou levar
O meu amor ao passeio
O meu amor ao passeio
O meu amor passear
Ó crescente, crescente, agora
A roda vai animar”
E animou e bem. A “minha gente” a entrar em palco, a roda a engrossar e toda a gente a cantar.
E veio a apoteose.” A Vila Cova adorada” cantou-se, de novo, para terminar.
Viva a nossa Vila Cova
Viva e há-de viver
Uma terra como a nossa
Não o há, nem pode haver.
Este momento de festa poderia valer pelo dia todo. Mas, valeu ainda mais, completado que foi por outros momentos de brilho, com outros grupos: “Rancho os Malmequeres da Cerdeira”, “Tuna Popular de Arganil”, “Rancho As Flores de Casal de São João” e a “Tuna de Cantares de Avô”.
Mas houve mais. O Grupo “Brigada da Terra” que extasiou os que de música lhe prezam a qualidade. Temas do repertório tradicional, superiormente interpretados por músicos, alguns oriundos da “Brigada Vitor Jara” e dos “Terra a Terra”.
Nuno Espinal