Dava eu loas ao Sol, nestes dias em que o calor se mostrou, quando alguém me remeteu à realidade.
-Rezemos é p’ra que chova. No Inverno só caíram uns borrifos. Está tudo a ficar seco…
Concordei. E senti até algum conforto. A cantilena, a da pouca chuva, fez-me recuar a tempos antigos, de costumeiros rogos à natureza e anseios ao que da terra brotava.
Mas, não muito tempo depois, cá do cimo, do miradouro da portela, lá tornei a bendizer o sol…
Não resisti. E quem consegue resistir?
-Que paisagem, que brilho, que cor…
Nuno Espinal