Cheguei agora mesmo (11 da noite) a Vila Cova, vindo de Coimbra, após uns dias passados na Lusa Atenas. Optei pela “estrada da beira” em alternativa às IC(s). No alto de S. Pedro de Dias, uma breve paragem a fruir velhos ares da serra. Do que se avista há a diferença do tremelicar de muitas luzes a sobreporem-se à negritude que se estende por um espaço de horizontes longínquos.
E, dos meus tempos de juventude, vêm-me recordações das viagens, vindo de Lisboa, depois da “seca” da Estrada nacional nº 1. Umas cinco a seis horas, no mínimo, prolongado este tempo por paragens para as coisas óbvias, uma delas o retempero do estômago. Saboreava-se, então, um farnel, intencionalmente preparado para o acontecimento. Isto quando a viagem era feita de automóvel. Quando não, o comboio até Coimbra e depois a “camioneta do Joaquim Martins da Fonseca”, eram a alternativa. Neste caso, de umas oito horas ou nove de viagem ninguém nos safava.
Depois de meses passados nas vivências da capital, o deslumbramento da chegada. Vila Cova era uma alcofa de conforto. Mas que tempos aquelas férias grandes!...
Nuno Espinal