Em defesa dos direitos de autor, ainda que de total ineficácia quanto a proventos materiais, aqui vai uma referência, mais que justa.
Mas, passemos, sem delongas, à narrativa que sustenta esta prosa.
Já lá vão uns cinco ou mais anos, ainda o troço da estrada que se inicia em Vila Cova em direção a Coja, não tinha iluminação, os passeios de verão que se faziam até ao sítio das alminhas, ou entroncamento da portela, eram feitos em total escuridão, salvo nas noites em que a lua era pródiga em dádivas luminárias.
Ir ao sítio das alminhas mereceria, então, por razões óbvias, de uma petiza, de ainda menos de seis anos, uma curiosa expressão: “ir ao escuro”.
A nossa petiza é a Leonor Leal. A graça desta denominação ficou para sempre, foi por todos adotada, ainda que alguns desconheçam a origem. E ainda que hoje aquele sítio já tenha iluminação em fartura, nenhum de nós se refere ao local que não o denomine de “escuro”.
E vai ser assim para sempre, presumo. Parabéns pois Leonor. Um beijinho de todos nós.
Nuno Espinal