O caso de alegado abuso sexual ocorrido em Vila Cova, no seio de uma família desestruturada, e que envolveu um indivíduo de 55 anos e sua sobrinha de 13 anos, desde há algum tempo era comentado pela população de Vila Cova com grande indignação, perante suspeitas que de dia para dia se avolumavam, na sequência até de relatos e situações que envolviam a outra menor de 8 anos, irmã da abusada, que chegou a pedir apoio alimentar e guarida a residentes.
Realce-se que parece ter sido da denúncia de pessoas da população que a Polícia Judiciária de Coimbra agiu com grande prontidão, detendo o presumível violador, que se encontra de momento sujeito à pena de prisão preventiva.
Entretanto, a Técnica da Ação Social da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Vila Cova de Alva já há tempo vinha denunciando o desenvolvimento deste caso, junto de organismos a que se subordina na sua área de intervenção, nomeadamente a CPCJ (Comissão de Proteção de Crianças e Jovens), instituição oficial que visa proteger e promover os direitos da criança e do jovem.
Esta instituição intervém no sentido da promoção dos direitos da proteção da criança e do jovem quando estão em risco ou perigo a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral, concretamente em casos de abandono, maus tratos físicos e/ ou psíquicos, abuso sexual, trabalho infantil, comportamentos/ atividades/ consumos que prejudiquem a criança ou jovem.
Foi através desta instituição que a menor de 13 anos, alegadamente vítima de abuso sexual, foi acolhida numa instituição de apoio a menores, localizada nas proximidades de Coimbra.
A sua irmã, de 8 anos, também já não se encontra em Vila Cova já que foi acolhida por uma familiar residente no concelho de Pombal.
Por ironia do destino comemora-se amanhã o Dia Mundial da Criança.
Nuno Espinal