publicado por Miradouro de Vila Cova | Quarta-feira, 30 Abril , 2014, 00:29

Os Gorgulhos/Teatro na Serra é um grupo de teatro nascido há bem pouco tempo. Fez uma primeira apresentação na altura da Páscoa, na biblioteca de Arganil e para já a sua vocação é o teatro dedicado às crianças. Vão estar em Vila Cova, na Mostra de Sabores e Lavores, na apresentação de uma peça com o espantoso título de “Ax’isto Muito Estranho”.

Posto isto, passemos à apresentação dos seus exclusivos componentes: Silvino Lopes e Fernanda Santana. Vivem os dois, há cerca de um ano, em Anseriz. Companheiros na vida, traçou-lhes o destino a companhia nas incursões do teatro. Ele Silvino, faz textos que ambos interpretam como atores. A Fernanda, como atriz, tem experiência a rodos, já que em tempos, no TIL, acumulou anos como profissional. O Silvino, esse, tem talento para distribuir e dar. Foi e é ator, foi e é músico, faz poesia e agora aventurou-se como autor de textos de teatro.

Por isso meninos de Vila Cova, Anseriz, Vinhó e Casal de S. João: Comecem já a avisar os vossos pais. Dia 17 de maio, sábado, na ex Igreja da Misericórdia de Vila Cova, a partir das 16 horas e 30 minutos, os Gorgulhos vão-vos fazer mesmo “gorgulhar”.

Compareçam!

 

Nuno Espinal    


publicado por Miradouro de Vila Cova | Domingo, 27 Abril , 2014, 23:33

 

Alguns dos da Malta:

Da esquerda para a direita (em pé): Toneca (António Gabriel de Almeida) José Luís, Quim Espinal, Manuel António Fonseca (meio agaichado), Nuno Espinal, Lisboa Nunes e Abílio Vicente.

Sentados:Tó Cruz, Maria Augusta Vicente, Ana Kaupers e Elsa Oliveira.

                       

Recordo-me bem.

Num setembro, passados que são uns cinquenta anos, numa tarde já com o sol a amainar, a “malta” em força, ali nas cercaduras do café do Vasco. Ela também lá estava. E que paixão, meu Deus, que paixão! Paixão recíproca, sabia-o. O enamoramento em crescendo, trocas prolongadas de olhares, mas…

Pois é! A coragem para a declaração, isso é que não atava nem desatava. Raios partissem esta minha timidez! Bem utilizava os meus mais sofisticados processos  de sedução. “Bealcream” no cabelo, camisa atada na cintura, gola levantada à St. Tropez, popa à Elvis, enfim, todos os tiques da moda. Mas, a declaração que se impunha, o mote para o comprometimento, aí é que me faltava a coragem.

Foi então que, mesmo ali a jeito, uma velha bicicleta. Oportunidade de ouro para lhe mostrar uma habilidade.

-“Posso dar uma volta?”

- “Vá, mas tenha cuidado, olhe que só agora é que aprendeu a andar…”, aquiesceu o dono da velha pasteleira com ar apreensivo.

Qual quê? Sentia-me o maior, um verdadeiro ás do “tour”. Dei umas pedaladas até às tílias, fiz inversão, de quando em quando pé no chão, mais umas pedaladas, passei frente à malta, tudo a correr em grande e ela a ver. Ah, grande jogada esta, sentia-me a ganhar mais uns pontos, a paixão dela ia recrudescer. Continuei a marcha, nova inversão, aproximei-me de novo da malta, a famosa curva ao café do Vasco e…

Inesperadamente surge-me em sentido contrário um carro de bois. Oh raio, qual curva qual quê! Fui a direito, atrapalhei-me, bicicleta aos esses, “Ti” Augusto Russo com a vara dos bois em riste, e pumba! Nunca vi um corno de bois tão perto dos olhos. Eu e bicicleta no chão, só a canga nos fez parar.

Que barracada! E logo a malta ali a rir a bandeiras despregadas, grande humilhação, que gaita, todo o processo de enamoramento a tornar à estaca zero.

Foi então que ela, não muito tempo depois, surge com algodão, álcool e mercuriocromo. Com todo o cuidado e doçura desinfectou-me as feridas. Ardor? Ardor e muito, mas não dos arranhões mas sim do coração. De tal modo que ganhei toda a coragem do mundo e lhe disse:

-Sabes que gosto muito de ti!

-Eu também gosto muito de ti, respondeu-me.

Ah, bendito trambolhão!

 

 

Nuno Espinal


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 26 Abril , 2014, 23:58

 

A União das Freguesias de Vila Cova de Alva e de Anseriz apresentará, em princípio, na altura em que decorrerá a Mostra de Lavores e Sabores, um site informativo sobre aspetos relevantes das suas localidades, nomeadamente Vila Cova, Anseriz, Vinhó e Casal de S. João. O site retratará a gastronomia da região, monumentos, locais de interesse, em especial os de atração turística, apontamentos históricos, fotos paisagísticas, festas, manifestações religiosas e outros apontamentos que retratem manifestações populares, como usos e costumes.  

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quinta-feira, 24 Abril , 2014, 22:51

 

Chegou mais um Abril e a liberdade

Zarpou dentro de nós como um veleiro.

Já não se vê, mas ficou a saudade.

Abril já se perdeu no nevoeiro.

 

Chegou mais um Abril. Nasce de novo

A esperança e a vida como no primeiro.

Mas tudo foi tirado a este povo.

Abril já se perdeu no nevoeiro.

 

Mas a vontade cresce e acalenta

A fúria de mudar. E o povo inteiro,

Cansado de sofrer, ergue-se e tenta

Fazer Abril, de novo, soalheiro.

 

Silvino Lopes

 

 

 

Havia o peso d’um penedo medonho

Que se desfez.

Depois floriram cravos.

Lembras-te?

Não, não era sonho.

E tanto que nos rimos e cantámos e dançámos!

-Que venha o futuro, dizias.

E mais, disseste mais:

-Abril, desejos mil!

Mas, passaram os anos, amigo, passaram os anos.

Sentes um travo amargo, eu sei.

Mas bendizemos ainda este latejo de Liberdade!

Que a brindemos sempre, amigo.

Que a brindemos sempre!

E que não lhe invoquemos a saudade.

 

Nuno Espinal

 

 

Chegado o fim do dia

A noite aos poucos cobria

Com o seu manto escuro

Escondendo a alegria,

Escondendo o futuro

 

Há sombras em movimento

Aguardando esse momento

Em que o povo descansa

E o mal avança

Feio e pestilento

 

São as mentiras contadas

Histórias de contos de fadas

Tantas vezes repetidas

Acabam esquecidas

De tão inventadas

 

E o povo dorme sereno

Sem perceber o veneno

Que pela noite se espalha

Azeda e retalha

O mel de Sileno

 

Silvino Lopes


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quarta-feira, 23 Abril , 2014, 22:37

Da Concórdia...

 

 

 

E da discórdia... (Santuário da Senhora das Preces)

 

 

 

 

 

Nuno Espinal


publicado por Miradouro de Vila Cova | Terça-feira, 22 Abril , 2014, 19:15

 

Realizou-se ontem, em Vinhó, a festa tradicional da segunda-feira sequente ao domingo de Páscoa, em que se celebram Nossa Senhora dos Remédios e Santo Antão.

A Filarmónica "Flor do Alva" fez o acompanhamento da Procissão e patrocinou um concerto da parte da tarde.

 

(Fotos Manuel Fernandes)

 

 

 

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Segunda-feira, 21 Abril , 2014, 21:17

 

 

Ontem, domingo de Páscoa em Vila Cova, nos desenvolvimentos da Missa e Procissão, houve momentos que verdadeiramente tipificaram “tempos de hoje”, na conceção da imagem de uma adequada e renovada da Igreja. Os momentos foram protagonizados pelo Padre Rodolfo Leite, como principal interlocutor de um diálogo, que só na aparência se definiria como monólogo.

Passemos à concretização:

Em plena homilia, uma criança furta-se à guarda da mãe (o Guilherme) e não se inibe de uma correria no sobrado central da Igreja. Há quem intente um gesto de cobro à situação, quando o Padre Rodolfo logo intervém e diz: “Deixem-no estar! Tomem é atenção ao que eu digo. Sabem? As crianças reagem por mimetismo.

Alguns talvez não tenham entendido a expressão e terão surdamente equacionado: Mimetismo? Mas que é isso?

Padre Rodolfo percebendo-o, explica: “As crianças tendem a imitar os adultos, tomam os adultos como modelos. Se os adultos se comportam com gestos apalhaçados, amacacados, as crianças imitam-nos e fazem os mesmos gestos. Se os adultos demonstram uma atitude serena as crianças acabam por se induzir nessa atitude”. 

E o garoto lá permanece numa ou outra correria, sem que perturbe o recato que a liturgia reclama.

Ainda no contexto da homilia, o Padre Rodolfo fala em minimalismo. De novo a perceção de alguma ignorância sobre a palavra. E a explicação vem logo a seguir: “Dou-vos um exemplo”, diz. “Minimalismo é assim como querer trabalhar pouco e querer ganhar muito”.

Estes flashes de discurso são elucidativos de uma atitude. É evidente que não retrato aqui aquilo que na pregação do Padre Rodolfo será a essência da religião. Mas falo apenas de um modo. O modo de uma prática que revela uma atitude. Atitude que cativa, que atrai. Decerto que, por isso, as manifestações religiosas em Vila Cova, nestes dias de Páscoa, tiveram a adesão de tantos populares.

Mas a atitude, no Padre Rodolfo, não é só a palavra, é também o gesto. Já terminada a Missa e quando se apronta a formatura da Procissão, o Padre Rodolfo toma a criança (o Guilherme) ao colo e quando nesse mesmo instante o enquadro na objetiva da câmara fotográfica, diz-me de imediato: Diga-me lá se não estou tal e qual o Santo António!

Os que o ouviram, garanto-vos, não evitaram o sorriso.

Já depois, no perímetro do Adro, o andor da Senhora da Alegria cumpria uma volta de trajeto. E raios me partam se não é que me pareceu que Nossa Senhora se sorria também?

 

Nuno Espinal


publicado por Miradouro de Vila Cova | Domingo, 20 Abril , 2014, 21:56

A cerimónia religiosa do domingo de Páscoa em Vila Cova incluiu a liturgia na Igreja Matriz, que estava repleta de fiéis, e procissão que circundou o Adro e em que foi transportado o andor da Senhora da Alegria, trajada, em alusão ao dia, de manto branco.

A Missa teve um ato inédito, já que se iniciou com um cortejo, antecedido de oração, à entrada da Igreja.

Um grupo componentes da Flor do Alva, dirigido por Ricardo Calado, acompanhou vocal e musicalmente toda a Missa. A procissão foi marcada pela cadência de uma peça musical executada pela Filarmónica.

Todo o desenvolvimento da cerimónia religiosa foi presidido pelo Padre Rodolfo Leite.

 

Nuno Espinal

 

 

 

 

 

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 19 Abril , 2014, 01:39

A Procissão da Senhora da Soledade terá sido uma das manifestações religiosas mais participadas e sentidas das dos últimos anos realizadas em Vila Cova.

Muito povo presente, apesar da noite não ser das mais convidativas, já que chuviscava e a temperatura do ar estava uns graus aquém das dos últimos dias.

Um silêncio sepulcral acompanhou todo o cortejo, no qual participaram as Irmandades de Vila Cova e Vinhó.

Nas tílias, a procissão teve uma paragem, para a celebração de uma cerimónia em que foi invocado o sentido da paixão e morte de Cristo, tendo a filarmónica Flor do Alva, que ali aguardava o cortejo, tocado uma marcha fúnebre e acompanhado os fiéis no cântico das “Avé Marias”.

Toda a cerimónia foi presidida, na excelência que se lhe reconhece, pelo Sr. Padre Rodolfo Leite.

 

Nuno Espinal

 

 

 

 

 

 

 

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 18 Abril , 2014, 07:17


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