publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 31 Janeiro , 2014, 23:30

 

 

Tal como tínhamos referido, damos a conhecer um texto que, no dia 31 de Janeiro do ano de 1950, foi lido aos microfones da “Rádio Pólo Norte, Emissor da Beiras”, por meu tio António da Silva Fernandes, nessa altura aí locutor, texto escrito pelo Sr. Carlos Gabriel:

 

 Rádio Pólo Norte, através do seu locutor, António da Silva Fernandes, vai dedicar parte do programa de hoje a uma encantadora terra do concelho de Arganil, a que muito justamente chamaram já a “Rainha do Alva”.

Desta vila escreveu alguém, que a morte já levou, as seguintes palavras:

“Se há terras portuguesas que encantam pela sua posição geográfica, entre colinas suaves e vegetação ridente, banhadas pela luz do sol e afagadas pelo ar forte e sadio, terras que prendem para sempre o pensamento e, por vezes, até o coração de quem as visita, Vila Cova de Alva é, sem favor uma delas.”

Pois é nesta linda terra, Jardim da Beira, à beira do Alva plantado, que hoje se realiza uma festa de confraternização entre os componentes da sua excelente banda de música.

Rádio Pólo Norte, o Emissor das Beiras, associando-se, de bom grado, a essa manifestação bairrista, dedica algumas marchas à Filarmónica Flor do Alva, ao mesmo tempo que indicará, em breves notas, alguns dos passos da sua triunfante careira artística.

Recuemos ao ano de 1918:

No dia 7 de Abril dirigem-se à vizinha povoação de Anseriz alguns Vilacovenses, a fim de convidar o Sr. António Alves da Neves para regente da filarmónica, que pretendiam organizar em Vila Cova de Alva. O convite foi aceite: inicia-se a aprendizagem e, no dia 23 de Junho desse mesmo ano, a Filarmónica apresenta-se em público pela primeira vez. E a sua carreira triunfal prossegue em maré alta de entusiasmo! Santa Comba Dão, Oliveira do Hospital, Arganil, Góis, para só falarmos das terras mais importantes da região. Sucedem-se os contratos e os seus acordes fazem-se ouvir em quase todas as terras desta enorme região das beiras, sempre com agrado geral.

É que a “Flor do Alva” primou sempre pela correção dos seus componentes, a maioria trabalhadores rurais, mas pessoas educadas.

1931: Em Janeiro deste ano é fundada a “Comissão da Iniciativa”, cujo objetivo era auxiliar a manutenção da Sociedade, promovendo subscrições e récitas. Constituíam-na os Srs. Carlos Gabriel Gonçalves e António Nunes Ferrão era seu delegado em Lisboa o Sr. António Jorge Leitão.

1935: Neste ano, teve a banda o seu primeiro estandarte. Já em 1930, o falecido capitão António Alves da Cruz, alvitrara a constituição de uma comissão de senhoras, para a colheita de donativos destinados à compra do estandarte. Mas as suas palavras não encontraram o acolhimento desejado. E só a tenacidade do Sr. António Jorge Leitão conseguiu fazer triunfar a ideia. Foi na noite de 12 de Setembro de 1933 que o estandarte foi entregue na “Casa de Ensaio”. A pequena festa, que terminou com a execução de uma marcha pela Banda, contribuiu imenso para que a colónia vilacovense da capital verificasse o entusiasmo que a iniciativa provocara em todas as pessoas que desde longa data vêm amparando a filarmónica.

1948, 28 de Maio: A Banda segue para Lisboa a fim de fim de abrilhantar a festa dos vilacovenses na Casa da Comarca de Arganil, que se realizou no dia seguinte. Pelo seu aprumo e pela maneira com executou a parte que lhe estava destinada ao inesquecível festival, alcançou um notável sucesso.

Dia 30: Passeio à Costa da Caparica.

Dia 31: Visita aos jornais “O Século” e “Diário de Notícias”.

A sua chegada a Vila Cova do Alva, que se verificou no dia 1 de Junho, teve foros de apoteose.

Setembro: Grandiosa festa regional promovida pela Banda, com o concurso das Filarmónicas do Barril de Alva e Avô. E homenagem prestada ao seu primeiro regente, Sr. António Alves e aos grandes beneméritos Srs. Adelino de Almeida Teixeira e António Madeira Leitão.

1950: E a marcha iniciada em 7 de Abril de 1918, segue a passo cadenciado o seu caminho.

E hoje, último dia do ano de 1950, ao realizar-se a festa de confraternização deste agrupamento de arte  - festa que mais uma vez servirá para demonstrar o carinho que os vilacovenses dedicam a tão simpática agremiação, “Rádio Pólo Norte, o Emissor das Beiras”, aproveita o ensejo para saudar os seus brilhantes executantes, sócios, atual regente, Direção, delegação em Lisboa e todos aqueles que, de qualquer forma, têm auxiliado moral e materialmente a manutenção da Filarmónica “Flor do Alva”. E lembra também, saudosamente, a figura do grande benemérito, Sr. José Maria Madeira, um dos seus fundadores e que foi, até a morte o levar, seu diretor honorário.

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quarta-feira, 29 Janeiro , 2014, 23:53

Apesar de escasso, o resultado não deixa de ser excelente pois foi obtido sobre o segundo classificado da série. Foi um bom jogo, com superioridade do Vilacovense, que com esta vitória passa à eliminatória seguinte da Taça Distrital de Coimbra – Inatel.

No próximo domingo não há jogos, permitindo às equipas retemperarem forças antes de entrarem na fase seguinte da Taça Fundação.

 

Ficha técnica: 

Guarda-redes: Bruno Oliveira;

Defesas. Joel Leal, António Cruz (capitão), Luís Carlos Quaresma, Paulo Ricardo (Tó-Zé aos 70 minutos);

Médios: Jorge Reis, Luís Carlos Costa (Diogo Poço aos 80 minutos), Sérgio Fonseca (Renato aos 60 minutos), Jorge Sousa e Filipe Tavares (Paulo Ricardo Oliveira aos 40 minutos)

Avançado: João Correia (António Dinis aos 78 minutos).

 

O golo foi marcado por Paulo Ricardo Oliveira aos 55 minutos

 

Suplentes não utilizados: Fábio e Rui Mota

 

Treinador: Rui Mota

 

Massagista: Fernando Figueiredo

 

Delegado: Rui Lourenço

 

 

Nuno Espinal /Fábio Leitão

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quarta-feira, 29 Janeiro , 2014, 22:40

 

A Srª Dª Natália de Figueiredo encontra-se internada, desde a passada segunda feira, numa das unidades hospitalares do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra, devido a uma pequena fratura de um osso da bacia, na sequência de uma queda na Mata do Convento.

Encontra-se em recuperação e na próxima semana deverá ter alta hospitalar.

Desejamos-lhe rápidas melhoras.


publicado por Miradouro de Vila Cova | Terça-feira, 28 Janeiro , 2014, 23:30

 

Muito se apregoa sobre a eventualidade da Filarmónica “Flor do Alva” terminar a sua atividade. Fala-se em crise, devido ao recrutamento de filarmónicos ser cada vez mais exíguo, fala-se na dificuldade da sustentação financeira da Filarmónica, já que as despesas de manutenção estão na iminência de ultrapassar, consecutivamente, as receitas, lamenta-se a dificuldade de avocar gente que queira preencher os “Órgãos Sociais”.

Tudo questões pertinentes e que merecem consideração. Mas, ainda assim, há quem confie.

Os que hoje fazem parte da Direção são dos que acreditam. Por isso devem ser apoiados. Eles e os filarmónicos que a cada momento integram a nossa Banda.

Claro que os tempos não estão fáceis, longe mesmo, na sua caracterização, dos que já foram vividos em tempos áureos da devoção a Vila Cova. Mas repito, há que acreditar. Com a mesma ênfase com que em 1951, em almoço de confraternização, os vilacovenses ouviam uma gravação de um programa dedicado integralmente à nossa Flor do Alva, da “Rádio Pólo Norte, Emissor das Beiras”, com um texto lido por um tio meu, António da Silva Fernandes, da autoria do Sr. Carlos Gabriel.  

O apontamento sobre este almoço captei-o de uma Comarca de Arganil. Amanhã será postado no Miradouro. E que o entusiasmo de então nos possa galvanizar para prosseguirmos com esta obra tão dignificante do nome de Vila Cova, que é a sua “Flor do Alva”.

 

Nuno Espinal


publicado por Miradouro de Vila Cova | Segunda-feira, 27 Janeiro , 2014, 22:41

 

 

 

Caímos uma vez mais na irracionalidade argumentativa. Compreendo que o tema das praxes esteja ao nível do facciosismo clubístico, até porque se generalizaram como ritos de obediência e de vacuidade cultural. Agora que sirvam para arrasar nos meios de comunicação social tudo e todos os que de alguma forma a tentam compreender, é que não. Não me parece nada justo, pela simples razão que há praxes e praxes, apesar do evidente anacronismo das suas práticas. Não me esquecerei nunca da frase que servia o 1º número da revista "Coimbra de Capa e Batina" e que marcou a restauração das tradições académicas de no ano de 1980 "Coimbra de Capa e Batina - A Tradição em Liberdade". Há tempos e tempos. Aquele era de sonho e de reencontro com as velhas tradições democráticas da Academia de Coimbra e onde figuras emblemáticas da cidade como Pinho Brojo, António Portugal, José Mesquita, Aurélio Reis, Eduardo Aroso, Álvaro Aroso, Luiz Goes e tantos outros - em Lisboa nem se sonhava vestir uma capa e batina - se associaram à luta sempre nova por uma cidade jovem reencontrada com a sua academia e os seus símbolos.

 

Carlos Carranca

 

(Através de Manuel Vasconcelos)

 

 

 

 

 

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Segunda-feira, 27 Janeiro , 2014, 22:36

 

 

Também concordo com Mariano Gago. Há uma excepção: Coimbra. Até se pode explicar historicamente. Não esqueçamos que foi com a "praxe " de Coimbra - gosto mais de usar o termo TRADIÇÕES ACADÉMICAS - que o governo fascista de Salazar e Américo Tomás, sofreu o maior desafio de sempre, pela democratização do Ensino, pela liberdade - a Crise Académica de 69. Não esquecer que foi o Conselho de Repúblicas e os estudantes reunidos em Assembleia Magna que decretaram Luto Académico. Uma coisa é ser-se praxista, outra é entender a cultura de tradições académicas onde figuras como João de Deus, Antero, Aristides de Sousa Mendes, Vergílio Ferreira e outros se integraram, acrescentando carga humanística, fortemente cultural e de contestação a todas as formas de abuso do poder. Coimbra tem a obrigação de não alienar esse património. Hoje a maioria das Repúblicas de Coimbra são contra a praxe, ao serem-no, nada da mais fazem do que alargar a rebeldia de quem marca o que de melhor tem o espírito de Coimbra. Quando a Praxe comanda a Cultura, a Inteligência, é claramente fascista. Quando ela existe inserida na comunidade como mais um elemento de congregação, entendendo a cultura a que pertence, à boa maneira de Coimbra, então está no lugar certo. Temo que mesmo em Coimbra as tradições, pelo que tenho vindo a observar, estejam a degenerar na sua mais valia de fraternidade. Sei que há maus exemplos que têm vindo a fazer o seu caminho, mas também sei que Coimbra e a sua Universidade têm património mais do que suficiente para dar a volta a uma situação que se generalizou de infantilismo cívico.

 

Carlos Carranca

 

(Através de Manuel Vasconcelos)

 

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Domingo, 26 Janeiro , 2014, 21:35

O Vilacovense está apurado para as meias finais


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 25 Janeiro , 2014, 23:43

Com o título "Antes dq argamassa" Óleo sobre Tela 30X40

 

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 25 Janeiro , 2014, 23:33

51º Aniversário da sua fundação…

 

Escrevo estas breves palavras, para recordar que faz hoje precisamente 51 anos que homens valentes e destemidos fundaram a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coja no longínquo ano de 1963.

Outros se seguiram na gerência desta grande instituição, a fim de se levar a bom porto esta tão nobre missão.

Também aqui, e sendo eu “ suspeito”, não poderia deixar de lembrar os antigos Bombeiros que tudo deram de si em prol desta causa” O VOLUNTARIADO”, bem como aos atuais que com tanta tecnologia, discotecas e outros divertimentos ao seu dispor, deixam por vezes tudo isso para abraçar família dos Bombeiros esquecendo que nas suas casas alguém sofre por eles quando a sirene toca e o futuro é incerto.

Pagamentos monetários, não queremos, críticas sabemos aceitar se bem que por vezes injustas e lançadas por benfeitores da desgraça, queremos apenas que nos dirijam palavras de apoio e que não nos batam a porta na cara quando também precisamos da ajuda de todos.

Mas porque hoje é dia de festa, lembro que no ano de 2013 comemorámos as bodas de ouro, e hoje mais um ano “ envelhece” a nossa Instituição, se bem que de velha nada tem pois perfilam agora nas suas fileiras o corpo ativo mais jovem de todos os tempos sempre apoiados por aqueles com 20,30 ou até mesmo 40 anos de serviço, esperando que mais jovens abracem esta missão, demostrando assim que continuamos bem vivos e sobre o lema “ VIDA POR VIDA “como farol orientador.

Assim, para comemorar mais este aniversário vai ser feito como habitualmente pelas 19H, o lançamento de foguetes e o toque da sirene.

Queremos que se juntem a nós pois esta casa é de todos, construída com a ajuda de todos e para todos.

Termino, desejando um feliz aniversário a esta tão grande Instituição.

 

João Manuel Borges Gonçalves


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 25 Janeiro , 2014, 18:07

Mais um trabalho de Jorge Fernandes, que intitulou "Vila Cova terra de encantos". Um maginifíco óleo sobre tela de 30X40, a somar a já muitos trabalhos em que retrata a sua terra natal. Obrigado caro Jorge.

 

 

 

 

 


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