Este calor quase nos derrete seja em Coimbra, onde me encontro, seja em qualquer parte do país, segundo o que as notícias rezam.
Para quem pode, a solução são praias e piscinas ou a acomodação em locais mais frescos, como, por exemplo, as casas de cada um. Por mim, cá me fico em casa, durante o dia, agarrado a livros e computador, por implicação de ofício e obrigações.
À noite, a casa só para dormir, já que a fresquidão da rua e os seus apelos lúdicos me provocam o imediato impulso de “desopilar”.
Claro, estou em Coimbra onde, a noite, nos abre um leque de muitos e variados recursos, para quem gosta de passar o tempo em diversão e cultura.
Sexta, por exemplo, com amigos ligados a Vila Cova, estive na Praça do Comércio, onde nas escadas da Igreja de S. Tiago se cantava Fado de Coimbra. Depois, já a meia noite tinha soado na velha Torre da Universidade, uma passagem pelo Salão Brasil, onde jovens na maioria de Coimbra, tocavam Jazz, em concerto de qualidade.
Ontem, uma ida às Docas, uma travessia na ponte pedonal e o impressionante espetáculo que as vistas sobre o Mondego e cidade proporcionam.
Agora vejam só o que para aí vem esta semana:
Paulo Gonzo (1 de julho), Ana Moura e Zé Perdigão (dia 2), Deolinda (dia 3), José Cid, André Sardet, Zé Perdigão, Luís Represas e os Antigos Orfeonistas da UC (dia 4) Luís Represas e Pensão Flor (dia 5) Gal Costa (dia 6) e Banda Samba Jah, Jovens do Hungu e Tito Paris (dia 07).
Estes concertos terão lugar na Praça da Canção, na margem esquerda do Mondego, a partir de uma estrutura a instalada sobre as águas do rio, com a colina da Universidade em fundo, a perdurar-nos a ideia da recente classificação, pela Unesco, da Universidade de Coimbra, das suas tradições e dos colégios da Sofia como património mundial.
E isto a par de muitos mais acontecimentos culturais que vão acontecendo pela cidade. Um deles de destaque e que terá lugar dia 16, no Teatro Gil Vicente: Bailado, com a peça “A Sagração da Primavera de Stravinsk, pela Companhia Nacional de Bailado.
Eu vou lá estar. Eu e amigos a quem nos liga o vínculo de Vila Cova. Alguns vêm mesmo de Lisboa. De resto, é só um pulo. E de Vila Cova a Coimbra? Nada mais que um pulinho. Por isso, rapaziada de Vila Cova, venham até Coimbra. Aproveitem: As entradas para os espetáculos na Praça da Canção são só cinco euros. Coimbra espera-vos.
Nuno Espinal