Estive até hoje hesitante sobre se deveria fazer alguns comentários sobre o “VI Encontroda Malta”, receoso de me tornar repetitivo ou até maçador. Mas, dado que as recordações falam mais alto, aqui estou, ainda mal refeito de todas as emoções vividas. Se há valores importantes nos dias de hoje, a amizade é, sem dúvida, um valor que temos que preservar e continuar. E se dúvidas houvesse, a presença deste elevado número de aderentes do nosso encontro de imediato as dissiparia. Não quero cair no lugar comum da lamecha, mas faltaria à verdade se não afirmasse que trago a alma cheia, não só pela ventura de ver os amigos de longa data, mas também pela memória que os lugares e as vivências inevitavelmente me proporcionaram. Seria de supor que da repetição destes nossos eventos começasse a surgir um pouco de desinteresse. No entanto, parece-me que de ano para ano o entusiasmo se redobra e, apenas passados alguns dias deste nosso VI Encontro, já aguardo o próximo com a mesma intensidade. A fotografia da praxe nas escadas do adro da velha Igreja Matriz era já prenúncio de uma tarde de afectos e franca amizade. E que dizer do almoço de confraternização na Senhora da Graça, essa “catedral de verdes naves” que nos acolhe com a sua mágica luminosidade e que foi testemunha cúmplice dos nossos amores e desamores, das horas de ócio, antes duma ida ao rio, à sombra das suas acolhedoras e amenas sombras? Dos vestígios que inscrevemos no velho “teixo” já nada sobra. A secularidade da velha árvore deixou que as marcas se esfumassem. Mas fica a lembrança desses momentos tão intensos de vida e alegria que a nossa juventude impunha. Irmanados deste espírito de recordações, estes nossos encontros reataram os nós que, durante algum tempo, se haviam desapertado. E, se Deus quiser, havemos de os repetir, ano após ano, com o mesmo fulgor e entusiasmo com que até agora os vivemos. Um grande BRAVO ao Nuno e ao Antero que souberam dar a mais esta jornada o brilho que lhe é devido, fruto dos seus inexcedíveis entusiasmos. Um reconhecimento bem sentido à Sra. D. Natália que nos permite desfrutar este local que se tornou já um ícone destes encontros. E mais coisas haverá para agradecer: Jorge Fernandes que imortaliza na tela estes locais que são parte da História de cada um; Henrique Gabriel que soube recriar no cartaz o espírito que envolve a malta, etc., etc. E por último um BRAVÍSSIMO a todos nós que dissemos presente e que juramos a pés juntos que para o ano lá estaremos.
VIVA A MALTA! VIVA VILA COVA DO ALVA!
Abraços. Quim Espiñal