Quando em França, em meados do século XVI, foi adotado o calendário gregoriano, houve quem reclamasse e resistisse, tentando manter o anterior calendário, em que o início do ano estava marcado a 1 de abril.
Aos franceses, que assim procederam, começaram a ser enviados, como chacota, nesse preciso dia 1 de abril, presentes estranhos e convites para acontecimentos e festividades inventadas.
Está aqui a origem do “Dia das Mentiras”, hoje adotado em todo o mundo.
Desde há já uns anos, têm sido os órgãos de comunicação social os principais dinamizadores deste dia das mentiras, veiculando notícias falsas, com o intuito de gerar efeitos cómicos.
A internet não tem fugido a este culto da “trapaça”, pelo que nas redes sociais são aos milhares os embustes, alguns deles cheios de imaginação e de surpresa, versando uma diversidade enorme de temas.
O Miradouro, este ano como em anos anteriores, não fugiu à regra. E fez mais. Desta vez, apresentou a “dose mentira” em duplicado. É que em vez de uma mentirola foram logo duas.
Eusébio e Wilson em Vila Cova? Ia ser bonito ver os “lampiões” todos a aderirem ao almoço! Não vêm a almoço nenhum da “malta”, não senhor, mas se viessem seriam bem recebidos, claro está, mesmo por todos aqueles que não são lá das bandas “vermelhuscas”. Ao Toni Brassard um abraço amigo e um obrigado por não reclamar desta “peta” em que o envolvi.
E quanto ao Festival Internacional de Jazz? Outra mentirola, esta com requintes de malvadez, porque foi preparada com alguma antecedência. E tive cumplicidades. Querem saber de quem? Da Guida Figueiredo, proprietária da Casa do Convento, que desde logo aderiu à tramoia. Riu-se comigo e teve o cuidado de avisar a mãe, Sr.ª Dª Natália Figueiredo, de que aguentasse a mentira por uns dias. E assim foi. Outra das cumplicidades foi a do imprescindível Henrique Gabriel. “Caro Henrique, tenho esta ideia, preciso de um boneco, qual é a tua sugestão?” Nem foi preciso dizer mais, o Henrique logo atalhou: “Deixa estar, Nuno, eu trato disso!” E tratou. O resultado está à vista.
E pronto! Mais um primeiro de abril passado, mais um dia das mentiras passado. E os outros dias? Claro, amigos, dou-vos toda a razão. É verdade, basta ver os tele-jornais. Os políticos estão sempre a aparecer!
Nuno Espinal