
Pouco ou quase nada existe gravado da história das milhentas aldeias que povoam o nosso Portugal. Vila Cova, contudo, é exceção. Há registos coevos e houve dois importantes homens que, por meados do século passado, pesquisaram, sistematizaram dados e deixaram informação sobre a história de Vila Cova de Alva. São eles os Srs. Padre Januário Lourenço dos Santos e Carlos Gabriel. Ainda um outro nome que merece referência: O do Sr. Benjamim Leitão.
Outros há, já num plano de elaboração académica, a quem muito devemos na aquisição de conhecimentos e de registos históricos da nossa “terra”: Professora Doutora Regina Anacleto, Drs. Nuno Mata, Victor Cardoso e Maria Teresa Pinto Mendes.
O Miradouro, ainda que noutro registo, vai tentando contribuir para que a História Social de Vila Cova, dos últimos anos, (e o social é quase o todo da história da terra) da “lei da morte se liberte”.
Fotos, apontamentos do quotidiano e do passado, comentários, eis um acervo que permanecerá para o futuro.
Vila Cova tem de permanecer com a sua história. Pelo que é hoje, pelo que será no futuro, pela importância que teve no passado. Claro, importância relativizada à dimensão do concelho.
Eis, a propósito, um apontamento que repescámos de um “Ecos do Alva” de 1990:
Segundo o cadastro da população do Reino, realizado em 1527 por ordem de D. João III, Vila Cova tinha 89 fogos, Vinhó 7, Casal de S. João 4, Barril 10. De notar que Arganil tinha 96 fogos, Coja 83 e Anseriz 43.
Nuno Espinal