Que diferenças de outros tempos! Esta foto é de Agosto, em inícios dos anos 60.

Vila Cova nesses tempos transbordava de gente, com muitos veraneantes vindos de Lisboa, que aproveitavam na íntegra os dias de férias de que dispunham, não subtraindo um que fosse a outros apelos e seduções.

Vila Cova era, então, um destino a todos apetecido, de dias coloridos, nos refrescantes banhos no Alva, nas passeatas de barco, nas patuscadas e piqueniques, nas idas à Serra de Estrela, nas festas populares, nos calcorreares noturnos pela estrada até ao barranco, nas amizades que se viviam, nas irreverências juvenis, nas conversas nas tílias, ou nos cafés do Vasco e do Ti Ernesto…

Hoje sinto-me assim. Apático, em neurose, amaldiçoando este angustiante marasmo.

E lá me vem o raio das saudades…

Nuno Espinal

É com o maior pesar que participamos o falecimento da Sr.ª D.ª Emília Espírito Santo, de 79 anos de idade, casada com o Sr. Alfredo Rosa Coelho.

Apresentamos à família as nossas condolências.

Eram umas dez horas e o grupo de participantes na “caminhada”, organizada pela Câmara Municipal, com o apoio da nossa Junta de Freguesia, pôs-se em marcha, para cumprir os cerca de 12 quilómetros do percurso estipulado.

Mais de duzentos participantes, a grande maioria de forasteiros, de resto quase todos “clientes” destas iniciativas, que com esta já perfazem a 15ª, integradas no programa do Município de Arganil, intitulado “Desporto Para Todos”.

O percurso ladeia o rio na zona da Datão, sobe depois à capela de S. João, prossegue até Casal de S. João, passa por Vinhó, dirige-se ao Espinhal e terminará na Senhora da Graça, onde a Junta de Freguesia oferecerá um almoço a todos os participantes.

A Dr.ª Paula Dinis, vereadora da Cultura e do Desporto, esteve presente, de resto a comandar as operações, conjuntamente com a Dr.ª Cidalina Lourenço e demais elementos da Junta, nomeadamente os Srs. António Tavares e Ricardo Gonçalves, que asseguraram, de forma exemplar, a logística deste acontecimento.

Nuno Espinal  

A decisão foi tomada, com determinação irreversível, perante uma proposta de trabalho irrecusável. É com este argumento que o Dr. Nelson Filipe cessa a sua função como Maestro da Flor do Alva, após dez meses de regência. Um trabalho marcado pela discrição, conquanto evidenciando resultados de grande mérito, em especial pelo seu empenhamento na “escola de música”, que tem formado crianças e jovens, que já se enquadram na formação da filarmónica.

Ao deixar a Flor do Alva, mostrou uma vez mais o seu sentido de responsabilidade, ao propor um novo maestro, aceite pela Direção da Flor do Alva, de nome Tiago Emanuel Damas Taborda, que já ontem esteve presente no último ensaio que regeu.

Ao Dr. Nelson Filipe um sincero obrigado pelo seu trabalho e o desejo das maiores felicidades na sua esperançosa vida profissional Ao novo Maestro, de quem apresentaremos oportunamente dados mais completos, votos de bom trabalho e a garantia do maior apoio dos vilacovenses na nobre função que passa a partir de agora a dispor.

Nuno Espinal

O rio Alva tem encantos escondidos, muitos deles revelados só quando temos oportunidade de "viajar" por ele de barco, canoa, kayak. Estar nas margens deste rio oferece-nos uma tranquilidade acima da média.

 Mas, como diz o ditado, "não há bela sem senão" e eis que a mão humana, mais uma vez, acaba por estragar o que de bom tínhamos e valores (€) mais altos pairam sobre o Alva transformando a tranquilidade num estado de nervos... é triste estar em cima de um caneiro, por exemplo, de toalha estendida e, de repente, "a maré enche"... descargas feitas a belo prazer e a qualquer hora daquele "magnífico monumento" que estrangulou e aos poucos tira a beleza natural do nosso rio. Para quem ama a natureza e gosta de disfrutar do bom que ela nos oferece tudo isto é visto como uma atrocidade sem limites. Um desrespeito mesmo! Para além do mais e se são bons observadores, há mais a relatar, reparem nos amieiros na zona de Vila Cova do Alva e ao pé do Urtigal... quando a água fica retida no "monumento" e não lhes chega a tempo de lhes dar a vida que merecem e exigem... e exigimos! E os peixes...? Por mim, estou a ficar cada vez mais preocupada…

Rosa Gouveia

Ora aí está!

De degrau em degrau, eis os muros da escadaria a conquistarem a sua cândida “alvura”.

Claro, a traça original.

Coisa bela! Estilo “Bétinho”?

Até apetece gritar: A Escadaria é Linda!

Nuno Espinal

Falam do terceiro mundismo com desdém. Das suas más práticas e comportamentos. Mas na primeira são figurinos exemplares dos mais criticáveis atropelos cívicos.  Por exemplo, da imundície que criam, quando voluntária e conscientemente atiram papéis, latas e utensílios plásticos para espaços públicos, muitos deles frequentados no pressuposto de lazeres e locais aprazíveis.

Vem ao caso o Miradouro das “alminhas”, onde estes sabujos demonstram a sua educação, não tendo o mínimo acatamento por regras mínimas da civilidade, respeito e boa convivência.

Há dias um deles atirava com o maior desplante um papel amarrotado para o chão, com a “papeleira” bem visível, à sua mercê. Alguém, com o maior recato, lhe chamou a atenção. Mas, não teve o mínimo gesto de arrependimento e até comentou: “Os gajos da Junta que limpem Têm essa obrigação”.

Que tristeza!

Nuno Espinal

Inscrições: Câmara Municipal de Arganil Telefone - 235200160

No dia 25 de Janeiro de 2013, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coja (BVC) comemorará 50 anos, marco significativo da vida desta instituição cojense e onde militaram tantos dos seus habitantes ao longo de cinco décadas.

Ainda que distantes dessa data, os BVC decidiram comemorar a efeméride com uma série de iniciativas, pelo que foi constituída uma Comissão Organizadora das comemorações, constituída pelo Presidente da Assembleia Geral, Carlos Alberto Carvalho Castanheira, Presidente da Direcção, Jorge Manuel Matos Silva, Presidente do Conselho Fiscal, José Joaquim Antunes Fernandes, Comandante e 2º Comandante dos BVC, Paulo Alexandre Quaresma Tavares e João Pedro da Silva Joaquim, respectivamente. Para além destes elementos, fazem ainda parte da Comissão João Luís Quaresma Nunes, dada a sua extensa ligação aos BVC, Sérgio Santos, um amigo da Associação e Nuno Mata.

Ao momento, a Comissão procura concretizar o programa de celebrações que deverão ocorrer em vários momentos e em vários locais, já que os BVC há muito ultrapassaram as fronteiras da freguesia que lhe serve de sede, programa esse que será apresentado publicamente em breve, assim como a constituição da Comissão de Honra para as comemorações.

Considerando-se que a instituição é de todos os habitantes da sua área de intervenção e que esta comemoração deve ser sentida e vivida por todos, a Comissão agradece e apela desde já para todo o apoio que possa ser dado aos diversos eventos que serão realizados, cantando a voz única os “parabéns” aos que diariamente e há 50 anos se prontificam a salvar vidas e pertences.

Seduz-me esta foto. De meados dos anos cinquenta, eis-nos em viagem a um saudoso passado. Um desfrutar contemplativo, nesta mostra de um quadro típico de uma época. As casas em simetria já perdida, as colchas em saudação à procissão, as crianças em número impressionante, as chiques senhoras em zelo à cruzada, a Irmandade, os loureiros e até a velha escadaria em xisto da Igreja do Convento. Tudo se foi, tudo se vai…

Os tempos mudaram, fui ativo na luta pela mudança, dei (e continuo a dar) vivas à liberdade, vivas à democracia.

Mas, nem tudo o que se diz que “é” acaba por “sê-lo”!

Os poderes decidem, permanentemente decidem, e nós, os "cá de baixo", impotentes, frustrantemente impotentes.

Ah esta dominadora democracia representativa!

Texto: Nuno Espinal

Foto: Arquivo de Antero Madeira