"Que medidas vão tomar as pessoas que não estão de acordo?
Convinha que fosse uma medida consensual e com data definida para o seu lançamento.
Devia ser convocada a população para lhe ser explicado o que estão a perder e porquê. Quem pode fazer esta convocatória?
É preciso que o povo de Vila Cova de Alva não esqueça que já correu com os franceses, com foices e forquilhas na mão... agora, nem um muro consegue derrubar"...
Ana Correia Luís (Ani).
Nota da redação do Miradouro
Olá Ani, saúdo-te e registo o teu pertinente comentário, que me foi enviado pelo nosso comum amigo, Antero Madeira. Permite-me, apenas, um pequeno reparo:
Terá sido no quadro da 3ª invasão francesa, quando o exército invasor, comandado por Massena, já em fuga, após estrondosas derrotas, acampou nos arredores de Vila Cova, que foram perpetradas incursões criminosas à nossa aldeia, que assinalam um episódio assaz sangrento na história de Vila Cova. Pilhagens e brutais assassinatos (cerca de quinze vilacovenses foram barbaramente mortos) foram cometidos, perante uma população indefesa, que nada podia fazer senão recatar-se, já que os franceses (cerca de três mil) tinham nas sua superioridade numérica e força das armas total domínio e preponderância. O martírio durou alguns dias, até os franceses, mal pressentirem a aproximação do exército português, prosseguirem a sua fuga. O episódio das “foices e forquilhas” que referes deve ter a ver com outra situação, possivelmente a da defesa do sino da Igreja do Convento.
Nuno Espinal