Pois amigos, sosseguem! As velhas tílias vão permanecer. O estudo científico feito por um técnico da especialidade permite esta conclusão: As tílias de Vila Cova, ainda que já idosas e sem a robustez da juventude, demonstram capacidade regenerativa, o que implica a sua manutenção.
O próprio Presidente da Câmara envolveu-se na situação e terá transmitido instruções nesse sentido. Os máximos cuidados, segundo um dos responsáveis da obra - o arquiteto Bruno - serão considerados nos trabalhos de empedramento da estrada, de forma a que as raízes das tílias sejam o mínimo afetadas.
Parabéns a todos os que se empenharam. Viva Vila Cova!
Nuno Espinal
Resultado injusto para o Vilacovense, que nem merecia ter perdido. Crónica mais tarde.
É com tristeza que informamos que, esta madrugada, faleceu na zona de Lisboa, onde se encontrava num lar, o Sr. Ramiro Madeira, que até há bem pouco tempo era utente do Apoio Domiciliário da nossa Santa Casa.
Tinha 85 anos de idade e era pai das Drª(s) Ana Maria e Isabel Madeira.
Apresentamos à família as nossas condolências.
Vamos lá a ver se conseguem acertar no nome do autor deste desenho, a carvão. É uma vista parcial de Vila Cova, captada do alto da Capela de S. Sebastião. Será do Henrique Gabriel? Claro que não, não é o seu estilo. E também não é, juro-vos, de Nazaré Pereira. Nem tão pouco de Jorge Fernandes ou de Juca Macedo. Então de quem será? Aceitam-se palpites. Mas, não vale a pena, não se esforcem. Nunca vão acertar. Até porque nem de um desenho se trata. É verdade. Não se trata mesmo de um desenho. Trata-se sim do tratamento dado a uma foto através de novas funcionalidades do Picassa. Façam a atualização e experimentem. E se quiserem espicaçar as vossas criatividades apeguem-se a um qualquer motivo de Vila Cova, ou a um outro qualquer (porque não?) trabalhem-no com essas novas funcionalidades e enviem-no para o Miradouro. Estou certo de que nos vamos todos divertir um bocado. Valeu?
Nuno Espinal
A notícia correu em Vila Cova e de imediato alertou muitos vilacovenses. Possibilidade de abate das tílias, no local com o nome delas próprias derivado?
Daí a um abaixo-assinado foi um lapso de tempo.
É este o teor do abaixo-assinado:
Face a este abaixo-assinado, o Miradouro contactou o arquiteto Bruno, um dos responsáveis pelo projeto, que nos declarou:
“A intervenção na estrada, na zona das tílias, obriga à criação de uma caixa que implica a remoção do alcatrão e terra ali existente. Não se poderá evitar o corte de uma parte substancial das raízes das árvores ali existentes. Esta amputação das raízes poderá conduzir a que as árvores possam mais tarde definhar e o seu abate ser necessário. Ora, se isso vier a acontecer mais tarde implicará novas obras e novos custos. Assim, o seu abate agora teria toda a justificação. Contudo, vai ser consultado um especialista a fim de se poder perspetivar se as árvores têm possibilidade de revigorar, mesmo com o corte de parte das raízes. Se for confirmada esta possibilidade o abate não se concretizará. Se for demonstrado o contrário a possibilidade do abate das tílias será uma possibilidade a considerar.”
Nuno Espinal
Mais um fulgente dia de Sol, que bem poderia ser acolhido com louvores primaveris, não fosse a persistência da seca que desespera em queixumes os que à lavoura acorrem e dela ainda se socorrem.
Percorro, só, um velho caminho e o seco matagal que o margina alia-se ao estaladiço das passadas que estilhaçam inertes folhas caídas.
Do Alentejo sei que, aqui e ali, junta-se o povo em novenas e preces à vinda de chuva.
Não sou afeito a rezas, confesso. Mas, por impulso solidário, dou por mim, pervertendo as palavras de uma velha cantilena, olhos perdidos lá longe, muito longe, a pedir, sei lá a quem, que “faça chuva e sol não”.
Nuno Espinal
Respondendo ao pedido de um visitante do Miradouro, informamos que o fado que ontem pusemos em “play list” é cantado por Lucília do Carmo e tem o nome de “Maria Madalena”. É um fado de música popular, com letra de Gabriel de Oliveira e arranjo de Fernando de Freitas. Está incluído no género “mouraria”, género que pode ser utilizado quer no desempenho individual (caso desta interpretação), quer cantado à desgarrada.
“Maria Madalena”, dentro do chamado fado castiço, é de facto um belo tema, talvez mesmo o mais conhecido desta grande, célebre e imortal fadista que dá pelo nome de Lucília do Carmo.
Lucília do Carmo (mãe de Carlos do Carmo) faleceu em 1999 com 79 anos de idade.
Nuno Espinal