publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 31 Dezembro , 2011, 19:22


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 30 Dezembro , 2011, 21:40

Está prestes a findar o ano de 2011. Direi apenas que a sua passagem não foi de todo muito má. No que me diz respeito, principalmente em termos familiares e de amigos mais chegados, correu da melhor forma possível. Com saúde e sem sobressaltos de registo.

A família (mulher, filhos e netos) esteve várias vezes em comunhão física e espiritual. Os amigos estiveram também presentes, não só fisicamente, como também através desta forma global de comunicação a que se dá o nome de "net". Enfim, desta ambição tão relativa que descrevi atrás, tudo estaria bem. No entanto, por vontade daqueles a quem nunca faltou nada, o ano que se avizinha parece vir a acarretar nuvens bem sombrias. E por mais que queiramos branquear tudo aquilo que se vislumbra no horizonte, assistimos, dia a dia, a um avolumar de dificuldades que, farão do próximo ano, um dos mais negros  que a nossa memória regista. E, lá do alto do poleiro, insensíveis à degradação social e económica dos mais desfavorecidos, os arautos da desgraça (os que estão e estiveram) vão amealhando intenções que, um dia mais tarde, os porá (e já pôs aos que estiveram)numa doirada situação de mordomias e benesses.

Cabe-nos a nós, que estamos na base da pirâmide, olhar à nossa volta e fazer da solidariedade a meta mais próxima a atingir. O ano de 2012 vai pôr à prova o lado mais sensível da nossa condição de seres humanos, já que os governantes se eximem dessa função.

Por isso, aqui deixo a mensagem de esperança na nossa acção individual em prol dos que, por circunstâncias dos tempos, vão passar muito maus bocados.

Que o ano de 2012 passe depressa. Mas, na voragem dessa passagem, os desejos de que saibamos ser solidários para quem precisa. Saibamos acalentar a esperança de um Mundo melhor, em que a Justiça e a Solidariedade não sejam palavras vãs mas sim, o nosso principal combate.

Para todos os Vilacovenses, para aqueles que não o sendo nos estão próximos, para os amigos dos anos sessenta e setenta, essa tal "Malta" para quem os valores enunciados são palavras com sentido, os desejos de um próximo ano sem sobressaltos e que nos encontremos brevemente para o balanço das nossas afirmações.

Um grande abraço a todos.

Quim Espiñal

 

 

Há já algum tempo que não vinha a este espaço de comunicação deixar algumas palavras! É uma curta intervenção, mas que é feita com toda a honra e humildade e dirigida essencialmente a todos os Vilacovenses (Freguesia). Votos de um ano de 2012 cheio de tudo o que precisam para serem mais felizes do que foram em 2011!

João Silva


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quinta-feira, 29 Dezembro , 2011, 22:39
 

Era o sino da aldeia. Recordo-lhe as funções. Anunciava cultos, tristezas e alegrias, badalava horas, toadas das trindades, verdadeiros hinos na rusticidade dos tempos.

 

Depois, para sempre, calou-se.

 

Claro, outros são os tempos. Ao toque acústico impõe-se a sineta tecnológica, os altifalantes.

 

Entretanto, já não tardam as horas do novo ano. Via “tv” para muitos. Panelas que batem, vozes, foguetes, barulho.

 

"Um Novo Ano de Saúde e Paz", diziam meus avós nos tempos do velho sino.

 

"Saúde e Paz", há quem continue a dizer. Só que mal os oiço. O mundo, hoje, é mais ruído.

 

Nuno Espinal


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quarta-feira, 28 Dezembro , 2011, 19:14

O frio (muito), a geada e a brancura das manhãs. Cenário em constância nestes dias de Dezembro.

 

As tardes soalheiras, adensam o castanho maioritário da paisagem e realçam, em árvores, uma hodierna nudez esquelética.

 

-Quem nos dera cá a primavera! Exclama alguém.

 

Para, logo depois, dizer:

 

-A vida é curta. O tempo corre depressa demais...

 

-Que discrepância, na coerência da Natureza - digo eu.

 

 

Nuno Espinal

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Segunda-feira, 26 Dezembro , 2011, 20:04

Na foto: imagem do "Menino Jesus" mais antigo

 

 

 

Pois é verdade! O caso está a ser muito comentado na Vila. A imagem do Menino Jesus desapareceu. Roubo, há quem afirme. Ou, então, de tão bem arrumada, em local tão recôndito, ninguém, até agora, a conseguiu encontrar.

 

Um dia antes de ser dada a beijar, na Missa do Dia de Natal, foi dado o alerta do seu sumiço. A imagem até é nova, já que foi adquirida há cerca de dois anos. Sem grande valor material, vale, obviamente, pelo que significa, pelo que representa. Contudo, o beijo ao Menino, na Missa de ontem de Natal, não deixou de ser dado, ainda que os santos ósculos tenham poisado na imagem mais antiga do Menino e que durante anos foi beijada milhares de vezes.

 

Só que este já antigo “Menino”, (que paradoxo!) após tantas andanças porque já passou, faltam-lhe dedos nas mãos, notam-se-lhe algumas mazelas e Ele próprio já reclamará, por tão velhinho, o merecido repouso. Por isso, da nova imagem precisa-se. Mas, ainda é cedo para conclusões. Roubo? Há quem não vá por aí. O palpite é que o “Menino” desaparecido há-de voltar ao seu berço.

 

Nuno Espinal

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Domingo, 25 Dezembro , 2011, 18:45

 

Os tempos mudam e, quase sem darmos por isso, muda muito do ambiente que vai caracterizando os tempos. Dos natais da minha infância, do que tinham de marcante, pouco já resta, neste ano de 2011, nesta nossa Vila Cova. Para aquém das portas de cada casa, sobrevive a consoada, o espírito de família, o presépio… Cá fora, tudo está diferente. Qual Missa do Galo, qual Procissão de Oferendas? E o cepo a arder na Praça? Este ano nem isso…

 

Novidades, recordando os natais de outrora, são as luzinhas a piscar, o cântico de Natal que sai da torre da Matriz a cada hora e meia hora.

 

Ah! Nesta Missa de Domingo ainda se beijou o Menino.

 

“Alegrem-se os céus e a terra
Cantemos com alegria

Já nasceu o Deus Menino

Filho da Virgem Maria”

 

 Tão simples e tão lindo…

 

 

Nuno Espinal

 

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 24 Dezembro , 2011, 10:18

 

Óleo S/Tela - 40x25

Autora: Nazaré Pereira

 

Nesta quadra festiva que vivemos, amargurados pelo anúncio da fome, do desemprego, da miséria, de alguns, tenho vontade de perceber o Natal da minha infância.

Na Beira, onde nasci, o Natal, todo embrulhado em neblina, chuva e neve, que desciam da Serra da Estrela, festejava-se assim: a lareira, sempre acesa, aquecia os corpos e as almas ao mesmo tempo que preparava a ceia com que a família  e, por vezes, amigos iriam deliciar-se. Não faltavam o bacalhau às lascas com as batatas cozidas e as couves tão tenras que uma simples fervura as fazia cozer, tudo regado com o azeite novo que nos escorria pelo queixo abaixo. As fatias paridas ou rabanadas eram obrigatórias e, nas casas mais abastadas, acrescentava-se o pão-de-ló e o arroz doce.

O crepitar do lume convidava ao convívio e os cantos natalícios elevavam-se nos ares glorificando o Deus-Menino.

Lá fora, no largo principal da Vila, o madeiro ardia, ardia, recordando a proximidade da Missa do Galo. As crianças ansiavam pela hora de pôr o sapatinho (melhor, o chinelo) na chaminé.

Para mim era noite mal dormida. O Menino Jesus lembrar-se-ia do meu pedido? Manhã cedo, bem cedinho, corria direita à chaminé da cozinha. Que alegria! Os tachinhos, as panelas, o fogãozinho, tudo de lata, lá estavam. Corria, então, para os meus pais a mostrar-lhes o presente que considerava uma felicidade.

Como era possível o Menino lembrar-se de mim? Não estava Ele no meu presépio pequenino de barro, deitado em palhinhas? Mistério incompreensível!

Nada de pinheirismos, de Pai Natal a entrar pelas chaminés ou a subir pelas varandas, nem brinquedos de peças incomportáveis, porque os tempos eram de dificuldades e os tostões contados. Saboreávamos o pouco que tínhamos.

Cânticos elevavam-se nos ares:

“Entrai pastorinhos, entrai

Por esse portal sagrado

Vinde ver o Deus-Menino

Numas palhinhas deitado…”

Serão HOJE as pessoas mais felizes, apesar do conforto material de que se rodeiam?

-É que não as oiço cantar.

Cantemos, então, todos, o mais belo cântico de natal:

“Noite de Paz, Noite de Amor…”

Feliz Natal.

 

Nazaré Pereira


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 23 Dezembro , 2011, 21:02

…o Orlando Marques.

Depois de algum tempo nos HUC, encontra-se, desde quarta-feira, num centro de convalescença, em Coimbra. O seu estado de saúde melhorou e os serviços que agora lhe prestam apoio, com vista à continuidade da sua recuperação, são de grande qualidade.

O Orlando recebeu-nos emocionado e não evitou algumas lágrimas. Fez-nos perguntas sobre Vila Cova e não esconde as saudades da sua terra. Pediu-nos que, em seu nome, déssemos um grande abraço a todos os vilacovenses. Um abraço que terá, por certo, a retribuição de todos.

 

 

 

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 23 Dezembro , 2011, 20:57

…a Suzete Marques.

Está acolhida no Lar da Santa Casa de Misericórdia de Arganil. Muitas lágrimas, de emoção, quando nos abraçou. Está bem, com bom aspeto. Pediu-nos, comovida, que a tragamos um dia destes a Vila Cova. Claro, como podíamos recusar? Brevemente vai passar o dia connosco no Centro de Dia. Até lá, um Santo Natal, amiga Suzete.

 

 

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 23 Dezembro , 2011, 20:53

…o Sr. Vitorino. Depois de internado durante alguns meses nos HUC foi transferido para os “Cuidados Continuados” da Santa Casa de Misericórdia de Arganil. Está a recuperar bem e demonstra uma excelente disposição. Santo Natal, amigo Vitorino.


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