Falemos em participação cívica. E isto a propósito de uma convocatória, que fotografei afixada em uma árvore, para uma Assembleia Geral de Associados do Grupo Desportivo Vilacovense, marcada para dia 25 de Setembro, às 14 horas, no salão da Casa do Povo.
A convocatória da assembleia refere, na ordem de trabalhos, a votação do relatório de contas, a eleição de novos corpos gerentes e a discussão de assuntos de interesse para a colectividade.
Apelo à participação, em massa, dos associados. As assembleias são a sede própria de discussão dos assuntos prementes, das contestações a formular, das dúvidas a colocar, dos apoios a atribuir, seja a associação de que natureza for, chame-se Grupo Desportivo, Filarmónica, Casa do Povo, Santa Casa.
Registo, a propósito, um excerto retirado do “Curso de Ciência Política de Gianfranco Pasquino:
“A experiência clássica do constitucionalismo anglo-saxónico está marcada pela tentativa, no essencial coroada de êxito, de substituir as balas (bullets) por boletins de voto (ballots) como instrumento de resolução de conflitos, contando cabeças em vez de as cortar, de deixar que aquelas cabeças se exprimam, dialoguem e se confrontem até à obtenção de uma decisão.”
Quando se nos deparam condições de exercício democrático é, em sedes próprias, que devemos dar azo aos nossos sentimentos e manifestos de participação.
Fora dessas sedes as referências, são, parte das vezes, mentiras, calúnias e maledicências, verdadeiras balas, (passe o metaforismo) desmotivadoras, desmobilizadoras e destruidoras.
Vou estar na Assembleia do Vilacovense. Quanto mais não seja para dar o meu voto de louvor ao grupo de jovens que no último ano, com verdadeiro espírito associativo, tão bem soube defender, a nível dirigente, os interesses do nosso “Vilacovense”.
Nuno Espinal