Dias cinzentos, estes últimos, deste tão atípico Agosto. Há quem peça chuva, a pensar nas culturas caseiras, e a chuva até vai caindo, ainda que a espaços, mas a afastar do rio os que se previam em refrescantes mergulhos de dias supostamente acalorados.
E é um ver se te avias com a exaustão do velho ditado: primeiro de agosto, primeiro dia de inverno…
E o ditado, nos tempos que correm, até tem alguma lógica. Não tanto pelo tempo que faz. Afinal trata-se, tão só, de um excêntrico agosto, que acontecerá de quando em quando, fruto de singularidades da natureza. Mas a sua lógica, amigos, vem da própria criação humana. É que (e a coisa é de pasmar) ainda nem ao outono chegámos e as nossas televisões já exibem um anúncio com música de natal.
Esperem-lhe então pela pancada. As luzes tremeliques não tardam e vão aparecer penduradas em muitos dos casarios “por aqui e por ali”.
Ah! Já me esquecia! Talvez não. É que o preço da eletricidade já sobe amanhã…
Nuno Espinal