Discussão acalorada sobre as agências de rating, com a Moody’s no centro do debate.
Diz um dos protagonistas:
“Esses gajos foram uns cabrões para Portugal, não tiveram em consideração o esforço do Governo. Chamarem-nos lixo?”
Diz o outro:
“È tudo muito bonito, mas só agora é que os atacas. Aqui há uns meses até lhes batias palmas…”
Volta o primeiro à carga:
“Tu afinal de patriota não tens nada… pelos vistos nem te ralas que os gajos desprezem Portugal…”
Responde o segundo:
“Sou capaz de ser mais patriota do que tu. O meu patriotismo não tem um mês, é de sempre…”
Surge um terceiro na conversa:
“Mas afinal o que é isso do «reite? Só ouço falar nisso, mas ninguém me explica o que é!...”
Os outros dois, já mais apaziguados, riem-se, no pedestal dos seus convencimentos, e prestam-se de imediato à correção:
“Não é reite é reitingue, meu grande parvo…
De novo, o terceiro:
“Seja reitíngue ou o que vocês quiserem. Mas afinal, digam lá, o que é isso de reitingue?”
Silêncio e nem uma resposta.
A conversa até muda de agulha. O futebol passa para o centro da conversa. Um é do Benfica o outro do Sporting. Renasce a discussão. Só que agora até sabem do que falam…
Nuno Espinal