publicado por Miradouro de Vila Cova | Domingo, 31 Outubro , 2010, 21:03

 

O Vilacovense iniciou a sua participação no campeonato do Inatel/Coimbra, da época 2010/2011, com um resultado que se pode considerar excelente. E se a verdade fosse espelhada no que se passou nos 90 minutos de jogo, só a vitória da nossa equipa seria o resultado admissível. Bom jogo dos "curvachos" que já começam por se lamentar de uma arbitragem que tendeu para o conjunto da casa.

 

NE/FL


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 30 Outubro , 2010, 14:56

“Logo que o Outono venha procura a lenha”. Mas, até agora, não foi tanto assim. Só por esta altura o frio parece dar sinais que obrigam ao atear do braseiro. E a chuva, de repente, emergiu forte e dominadora.

 

Hoje, de manhã, esta conversa retratava algo do que neste momento, por cá, acontece:  

 

-Oh mulher, bom dia. Está de chuva!

-Bom dia. E tem caído bem.

-Já nem era sem tempo.

-Até há um ditado que diz: A chuva falta nos meses mas nunca falta no ano.

-Olha, que chova, é bem precisa. Bem, tenho de ir. Tenho gente de Lisboa, que vem cá passar os finados.

-E eu vou ajudar o "mê" homem. Andamos no alambique pr’á aguardente

 

Retempero a vista no maravilhoso dos castanhos e amarelos outonais das árvores. E assobio uma velha melodia que diz: "Ontem, hoje e amanhã…

 

Nuno Espinal

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 29 Outubro , 2010, 07:32

Ontem em Coimbra, junto ao túmulo de D. Afonso Henriques, na Igreja de Santa Cruz, presenciei o seguinte diálogo, entre dois jovens:

 

-Este é que foi o nosso primeiro rei…

-Sei. Acho que matou a mãe.

-Não. Deu-lhe foi um “enxerto de porrada”.

-Mas foi primeiro-ministro ou presidente da república?

-Acho que foi presidente…

-Já ouvi que era um gajo de tomates.

-Ói! Ói! Começou lá em cima no Norte e mandou os gajos de Lisboa todos para o Sul.

-Os gajos de Lisboa?

-Sim, os Mouros…

-Agora percebo. O Pinto da Costa tem a escola dele…

 

Num primeiro momento ri-me, confesso. Mas, depois,  o que vingou foi um travo bem amargo…

 

Nuno Espinal


publicado por Miradouro de Vila Cova | Terça-feira, 26 Outubro , 2010, 22:56

publicado por Miradouro de Vila Cova | Terça-feira, 26 Outubro , 2010, 11:32

“Ah, queres ser manequim?!!! Olha, felicidades… Tens de ir à luta…”

 

A resposta não era sincera. Todos sabiam da impossibilidade. Mas ela acreditava piamente.

 

E um dia foi mesmo à luta. Um casting, bem perto da casa onde morava, numa cidade do interior.

 

Que desilusão!

 

“És linda, tens olhos e cabelo moreno maravilhosos, mas não tens altura e és um bocadito rechonchuda. Não vale a pena insistires.”

Tudo se lhe desabou em cima.

 

Foi ao espelho, onde tantas vezes se via, esbelta e bela. Via-se de frente, de trás e de lado. Tantas, tantas vezes, num auto desfile.

Agora, tudo diferente!

 

O espelho, antes tão amigo, mostrava-lhe agora um monstro.

 

Decidiu-se. Espelho nunca mais. E uma dose premeditada de barbitúricos apagou-lho para sempre.

 

Nuno Espinal


publicado por Miradouro de Vila Cova | Segunda-feira, 25 Outubro , 2010, 09:14

O Vilacovense tornou a perder, é um facto, mas mostrou já uma outra imagem, face a uma exibição bem mais conseguida e perante uma formação adversária, ela própria, também a subir de rendimento relativamente ao jogo do Domingo anterior, o que só reforçou a nova performance demonstrada pelo conjunto de Vila Cova.

Um jogo muito agradável de seguir, em que a vitória do Lourosa uma vez mais não sofre contestação, ainda que o Vilacovense ficasse a dever, por menor pontaria em momentos cruciais, um ou outro golo, perante oportunidades flagrantes não aproveitadas.

A equipa já mostrou uma outra estrutura, com os três sectores de campo muito mais interligados e a demonstrarem um outro rendimento, o que veio a acalentar, nos muitos adeptos que se deslocaram a Lourosa, perspectivas de um campeonato longe dos pessimismos inicialmente ideados.  

Um facto a salientar: os jogadores empenham-se, suam a camisola. E, quando assim é, o aplauso está sempre garantido.  

 

Nuno Espinal

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 23 Outubro , 2010, 16:49

Era puro, purinho, de tão puro que em tudo acreditava, bastava dizerem-lhe. Por todos era estimado e notava-se-lhe felicidade, naquela ausência de saberes e responsabilidades.

Soldado básico, os recados eram a sua única função. Tinha ainda assim um nome pomposo, Xavier Cerdeira.

 

"Então Cerdeira, vai ou não?"  

 

"Cá estêmos, mê alferes, cá estêmos - era a resposta que sempre dava.

 

Um dia a maltosa levou-o a um bordel. Cheiro a álcool a tresandar, muitas gajas quarentonas, algumas brancas, pelos na beiça e nos sovacos, mulatas e pretas do mais chungoso, mesas e cadeiras, no meio uma pista de dança, chão em oleado de um azul cheio de riscos e nódoas, músicas de Nelson Ned, um tal Alberto Cortez, de bigodinho argentino na capa do disco, e até o conjunto de Maria Albertina e uma música, tocada à exaustão, o “soldado que vais para a guerra”.

 

Mas lá se dançava, mãos nas bundas, algumas de volumes a extravasar para umas três ou quatro réplicas de normais proporções.

 

Lá arranjámos o arranjinho, já fisgado, confesse-se, para que o Cerdeira, já bebido, se roçasse numa daquelas amostras de pretensas beldades e na rifa lá lhe calou um dos potes mais banhudos ao dispor.

 

O Cerdeira entrou no céu. A transbordar de álcool, olhos cintilantes e esgazeados de prazer, mãos loucas a tactearem aquela imensidão de bunda.

 

Foi então… então ouvi-lhe, ouvimos-lhe todos, uma das mais inflamadas declarações de amante em absoluta rendição.

 

“Oh menina, xabe? A menina tem uns “jólhos” tã lindos!...

 

Os olhos miúditos da mulata já “entradota” tremelicaram, esborratando mais o rímel prateado às carradas e as pestanas postiças engordoradas que lhe apalhaçavam a cara.

 

A partir daí, o Cerdeira perdeu o seu santificado nome e ganhou, por diabólico crisma, um outro nome.

 

A partir daí não mais deixou de ser o Sr. “Jólhos”  

 

 

Nuno Espinal

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 22 Outubro , 2010, 16:06

Afinal o campeonato do Inatel/Coimbra de futebol, da época 2901072011, já não se inicia, tal como estava previsto, no próximo Domingo. A abertura da época foi adiada por uma semana, pelo que o início do campeonato ficou marcado para o próximo dia 31.

Por este motivo o Vilacovense aceitou mais um jogo de preparação com o Lourosa, jogo este que desta vez será disputado no campo daquela equipa.

 

Fábio Leitão


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quinta-feira, 21 Outubro , 2010, 10:42

Cena Um

 

Recostado no sofá, lia o jornal e espreitava, de quando em quando, o écran de televisão. Umas goladas de um bom conhaque, até que surgiu o futebol. Jornal fora e toda a atenção, atenção sofrida, concentrada nas jogadas do seu clube.

 

De repente – zás! Foi-se a electricidade.

 

Porra, merda p’ra isto! Gritou enfurecido.

 

Ficou na expectativa de coisa rápida. Mas não. Passaram-se dez, quinze minutos, meia hora. Decidiu-se, à luz de um candeeiro, ligar o gerador.

 

Entretanto praguejava, de tudo dizia mal.

 

Implicou com a mulher, implicou com o filho, implicou mesmo com tudo e com todos.

 

Maldito país, malditos políticos, malditos autarcas. Isto é um povo de merda.

 

Ao fim de uma hora tornou a electricidade e o seu clube perdia.

 

Que merda de dia este, sorte d'um cabrão…

 

Cena Dois

 

Centro de Dia de Vila Cova. Carregada de maleitas e dores, mesmo assim sorri. Chega mesmo a bem-dizer a sorte.

 

Deus Nosso Senhor deu-me esta ajuda, a Santa Casa… ainda é o que me vale… elas são uns amores…

 

À noite, a partir das seis, sozinha em casa, entregue a si própria, à sua sorte. Não tem televisão, uma lâmpada no tecto, luz sumida. Ei-la só, noite após noite, uma solidão de doze, catorze horas, nos seus mais de oitenta anos de idade.

 

E ao outro dia lá estará no Centro de Dia, a sorrir. Nunca deixa de sorrir.

 

Nuno Espinal


publicado por Miradouro de Vila Cova | Terça-feira, 19 Outubro , 2010, 07:20

Organização da Câmara Municipal de Coimbra

 

Departamento de Cultura

 

21.Novembro - 16:00 – COIMBRA IGREJA DE SANTA CRUZCONCERTO DE ÓRGÃO E CANTO

Ensemble Cum Jubilo – Adriano Brito e Sérgio Pedro, tenoresPaulo Alvim, órgão

Obras de Frescobaldi e Clérambault

Entrada livre

 

24.Novembro - 21:30 – COIMBRABIBLIOTECA JOANINA – Ciclo “NOITES NA BIBLIOTECA JOANINA”

RECITAL DE OBOÉ E VIOLONCELO

Francesco Sammassimo, oboéSofia Novo, violoncelo

Obras de Vivaldi, Johann Naumann, Haendel e Giuseppe Ferlendis

Entrada livre

 

26.Novembro - 21:30 – COIMBRAAUDITÓRIO DO CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DE COIMBRA

“Página Esquecida” – Música Portuguesa para Violoncelo e Piano

Bruno Borralhinho, violonceloLuísa Tender, pianoObras de Joly Braga-Santos, António Victorino de Almeida, Fernando Lopes-Graça e Luís de Freitas Branco

Entrada livre

 

27.Novembro - 22:30 – CANTANHEDEIGREJA MATRIZ DE CANTANHEDE

Encontro de Música Sacra – Música Italiana e Portuguesa do Século XX

Academia Martiniana Francisco Neves, Direcção Artística

Concerto Fundação INATEL Entrada livre

 

01. Dezembro – 21:30 - COIMBRA

AUDITÓRIO DO CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DE COIMBRA

RECITAL DE CANTO E PIANO

Leonor Barbosa de Melo, sopranoMaria de Menezes, pianoObras de J.S.Bach, G. Fauré, R. Strauss, Ivo Cruz, F. Chopin, V. Bellini e W. A. Mozart

Entrada livre

 

04. Dezembro – 21:30 – MONTEMOR-O-VELHOSALÃO DA ABRUNHEIRA

SAX ENSEMBLE – QUARTETO DE SAXOFONES DE COIMBRA

Concerto Fundação INATELEntrada livre

 

04.Dezembro - 21:45 – CANTANHEDEIGREJA MATRIZ

CANTEMUS – Coro Juvenil do Município de Cantanhede

ISRAEL KIBBUTZ CHOIR

Ronen Borshevsky, maestroPhilip Luria, pianoObras de Bramhs, M. Tedesco e folclore israelita

Entrada livre

 

05.Dezembro – 18:00 – LOCAL A DEFINIR

 ISRAEL KIBBUTZ CHOIR

Ronen Borshevsky, maestroPhilip Luria, pianoObras de Bramhs, M. Tedesco e folclore israelita

Entrada livre

 


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