Os dias estão menos quentes e a tendência, seguindo o tempo o seu curso normal, será a de refrescamento e de chuva, esta que já há dias nos fez uma aparição algo turbulenta. Ou seja, acabou-se o Verão, na sua dimensão de calor e dias plenos de sol.
Entretanto, Setembro já é mês de aulas e os que se guardam para férias nesta altura já são muito poucos.
Daí que as nossas terras se despovoem dos que, nos meses de Julho e especialmente Agosto, lhes deram outros bulícios, tornando tudo à pacatez habitual.
Vila Cova não foge à regra e depois de um Agosto, vincadamente movimentado, em especial nas passeatas noctívagas de grupos numerosos, que se aglomeravam em conversas e risadas nos miradouros ao longo da estrada, as ruas, à noite, já repousam nos seus habituais silêncios e vazios.
Mas, há um registo que vai ganhando consistência nas minhas anotações pessoais, desde que há quinze anos me dispus a ter Vila Cova como principal e quase exclusivo poiso. Um registo, mesmo que empírico e desprovido de rigores matemáticos, é incontestável na sua afirmação. O número dos que nestes meses de Verão, em especial Agosto, visitam Vila Cova tem crescido.
É bom que assim seja? Para mim é e julgo que a generalidade dos vilacovenses assim o anseia.
Revêem-se familiares e amigos, Vila Cova ganha outra alegria e cor.
Mas, por este ano acabou-se. Agora já me organizo para as longas noites que já nem tardam tanto. Leitura, música, televisão e a companhia familiar de mulher, cachorritos e gato. E nesta trivialidade meio pacóvia e aburguesada, deixo o seguinte remate: À vida mais não peço. Claro, nem preciso questionar um bem que entre todos é incomparavelmente o maior. Saúde.
Pois é! Um desejo que é de todos.
Então, desejos de saúde para todos!
Nuno Espinal