Terminadas as festas do S. João, coincidentes este ano com a vinda de muitos forasteiros do grupo da malta, tudo retorna à acalmia que caracteriza a grande maioria dos trezentos e sessenta e cinco dias do ano.
Agosto, contudo, receberá algumas visitas e o movimento dos dias e das noites trará por certo outra animação a Vila Cova. E, então, é quase certo que se organizem as típicas patuscadas, que desde sempre são momentos prazenteiros na reunião de familiares e amigos. É, para os portugueses, uma secular característica esta a da confraternização a pretexto de um bom petisco.
Perderam-se, todavia, expressões da sua afirmação e tradição. Por exemplo, os populares piqueniques do dia de S. João. Noutros tempos o povo inteiro acorria ao Alqueidão e os farnéis eram saboreados antes do aguardado confronto que, a final, opunha o foguetório dos de Vila Cova contra os do Barril.
Entretanto, proibiram-se os foguetes por determinação, compreensível, dos poderes competentes. Só que os piqueniques de S. João ninguém os proibiu. E que é deles? Um ou outro em ténue traço do fio da história e tradição. E nem tarda que sejam só uma recordação…
Nuno Espinal