Da esquerda para a direita: Srs. Augusto Calinas, Sargento Santos, Manuel Dias, Luís Filipe, Eng. Pinheiro, José Luís, Prof. Carvalhais, José Carvalho, eu próprio, Piçarra e Alexandre Cerejeira.
Sempre me dei ao relacionamento interpessoal e dele julgo ser um bom cultor. E nestes dias sombrios e chuvosos é entre quatro paredes que me tenho, grande parte do tempo, de quedar, procurando, muitas das vezes, o convívio e o cavaquear, em conversas que me permitem falar, mas também ouvir.
Procuro, dos outros, a companhia que, de entre outras mais-valias, me proporciona o sentimento de que sou parte integrante desta massa de gente que, nas teias que constrói e em que se envolve, vai fazendo a sua própria história da vida.
Neste falar, mas acima de tudo, neste também ouvir, vou-me munindo de informações e saberes e lá vou ficando ao corrente das correntezas deste nosso quotidiano, desde o que é de excelência ao que é de mais mesquinho. Como diz o provérbio, tudo no mundo é misturado de força e de fraqueza, de pequenez e de grandeza.
E nesta busca incessante de convívios e conversas, vou criando hábitos e, por uma consagração pessoal, mais do que hábitos, rituais.
Eis-me, por exemplo, nos almoços das quartas-feiras. Um ritual porque acontecem em concomitância de sujeitos, tempo e espaços. Têm objectivos próprios, procedimentos, regras. E um espírito beirão, um estar serrano que, mais do que tudo, os diferencia.
Nuno Espinal