Uma bonita mocidade percorreu as ruas de Vila Cova e, com melodias alusivas às janeiras, foi recolhendo um “euróbico” pecúlio tão necessário a previstas despesas em instrumentos, para melhoria das sonoridades da nossa Flor do Alva.
Este grupo de jovens, com o maestro António Simões nele integrado, demorava-se uns minutos em locais estratégicos, como nas Tílias ou em casa do Sr. Emerciano, ou porque havia ajuntamento de povo ou porque era convidado a uns comes e bebes.
E assim se foi preenchendo esta tarde de janeiras em Vila Cova, que deu tréguas à persistente chuva dos últimos dias, ainda que com algum frio, a fazer apetecer uma apropriada fogueira, como a que fogueava mesmo em frente ao café do Sr. António Paiva, um já tradicional local de convívios e cavaqueiras. Com a chegada da noite dava-se a debandada e a recolha ao conforto caseiro, deixando ao abandono ruas e calçadas da terra.
Cumpria-se a celebração de mais uma tarde de janeiras. Pois então, que venha 2010. E com muita saúde para todos.
Ah! Que imperdoável seria o esquecimento! É que, logo ao início da tarde, quatro dos mais novos da Flor do Alva vieram ter comigo e cantaram-me as janeiras. Surpreendido perguntei-lhes o que queriam que lhes desse. Nada, respondeu-me de imediato um deles. Só queremos que nos ponha na Internet.
Está certo amigos. Trato cumprido.
Nuno Espinal