
“GENEBRA (Reuters) - As concentrações de gases do efeito estufa, a maior causa do aquecimento global, estão no maior nível já registrado e seguem em alta, disse a organização mundial de meteorologia da ONU (WMO, na sigla em inglês) nesta segunda-feira.
O chefe da agência, Michel Jarraud, disse que a tendência pode estar empurrando o mundo rumo às avaliações mais pessimistas sobre o aumento das temperaturas, esperado nas próximas décadas, e disse que enfatiza a necessidade de ação urgente.”
Esta notícia é recente e não teve o impacto que o seu alarmismo justifica. As altas instâncias mundiais do poder teimam em ignorar e aplicar as medidas que cada vez mais se impõem, isto por razões perversas de ganhos economicistas. Todos sabemos quais os factores que são a causa desta calamidade. E neste contexto todos sabemos quanto as árvores e florestas são um aliado da humanidade. De facto as árvores e em especial as florestas são, para além do sustento de uma enorme variedade biológica, os pulmões do planeta.
Ao consumirem CO2 (dióxido de carbono) atenuam as emissões deste gás, e equilibram as suas quantidades existentes na atmosfera.
É por isso que a árvore assume uma importância vital na normalização do efeito estufa, que, potencializado nos tempos que correm, provoca aumento da temperatura do ar, com as conhecidas consequências nefastas para o equilíbrio dos ecossistemas.
O culto da árvore serve, no mínimo, para que a respeitemos, glorifiquemos e ajamos em sua defesa. O breve apontamento que a seguir publicamos fomos colhê-lo a um dos saudosos “Ecos do Alva”. Uma memória que nos tempos de hoje, por tão bastas razões, ganha um ainda maior respeito.
“Em 9 de Março (de 1913), por deliberação superior, celebrou-se (em Vila Cova) a festa da árvore, que foi abrilhantada pela filarmónica de Avô. Falaram às crianças e à numerosa assistência sobre o significado da festa e do culto que se deve prestar à árvore o Prof. António Nunes de Oliveira e Costa e o pároco da freguesia Reverendo Alfredo Nunes de Oliveira.”
De facto, a relação do homem com o ambiente é de gestos e práticas opostas. Umas vezes amigo, e outras, e vezes de mais, inimigo.
Nuno Espinal