

Chama-se António Simões e vem de Seia, com um conjunto de credenciais e currículo que são um verdadeiro certificado de que a Flor do Alva vai continuar garantida, em qualidade musical, (relativize-se a dimensão) nos próximos tempos. O ensaio de ontem, Sábado, já deu para deixar percebido que assim vai ser.
A expectativa, entre os executantes da Filarmónica, era grande. Cedo se atingiu o “estar” do novo maestro. Cordato, afável, de trato diplomático, sério no trabalho.
A música, para ele, deve ser entendida na espiritualidade que sai da cada nota, para que a moldura da orquestra, a cada momento, cante a expressão musical da partitura.
Deixem cantar as notas, repetia insistentemente.
Percebe-se-lhe uma atitude pedagógica, na crítica que nunca descurará em termos toleráveis e no elogio adequado e motivador, quando, por exemplo, dirigiu estas palavras à jovem do xilofone:
Tocas muito afinado. As notas estão lá todas, sem falhas. Claro, falta-te técnica, tens de aprender a suavizar mais a batida. Mas, isso é um aspecto que havemos de corrigir…
Tocaram -se músicas do actual repertório, deu-se o lamiré de umas novas, estas já trazidas pelo maestro. Músicas por exemplo dos “Abba”, que todos conhecem de ouvido.
O ensaio prossegue, gera-se uma empatia crescente, a confiança recíproca alicerça-se.
Vamos ter Música "à séria", dizia-me José Raimundo, com aquele seu sorriso de mias uma batalha ganha…
Nuno Espinal