Missa/Igreja do Convento/2008
Perante a ausência de população no acto litúrgico celebrado, perguntava-me alguém, faz agora um ano, se havia justificação plausível para a celebração da Missa que anualmente é mandada rezar pela Santa Casa de Misericórdia e a qual serve, primacialmente, de evocação de todos os irmãos “ex ante” falecidos.
No fundo, pretendia equacionar, esse meu interlocutor, ao que presumi, se não estávamos perante o esgotamento de uma Tradição, já que o próprio povo, ao não participar o acto, (eram muito poucos os fiéis na missa) não estava a desconsiderar a razão de existir dessa mesma Tradição.
De facto, a Tradição é uma herança que uma comunidade recebe de antepassados seus e, por vontade própria, ou lhe dá continuidade e a permanece, ou, dela se alheando, não a substanciando, a deixa extinguir-se.
Mas, aqui o caso é outro. A haver Tradição quem a permanece, ou não, é apenas e não mais que a própria Santa Casa. Como alguém que manda rezar missa por alma de familiares seus, assim, também, a Santa Casa o fará pela alma de “irmãos” seus. Dará continuidade, pois, até por imperativo de religiosidade, à sua Tradição.
A Missa terá lugar no próximo Sábado, dia 14, às 10 horas e 30 minutos, na Igreja do Convento e será celebrada pelo Sr. Padre Cintra.
Nuno Espinal
Procissão/Igreja do Convento/2008